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3 recomendam2 min25 de abril de 2014 10 minutos de leituraFotógrafo da semana: Robert Capagrande fotógrafo com morte trágica“Se a foto não está boa, você não está perto o bastante”
Não me esqueço dessa frase e a levo comigo para sempre como fotógrafo. Valendo de maneira crucial para fotógrafos de rua, já que os de hoje em dia fotografam tudo com “teles”-lentes de longo alcance, o conselho e declaração veio de um dos maiores gênios da fotografia, Robert Capa.
Fotógrafo conhecido principalmente por fotografia de guerra, da segunda guerra mundial mais especificamente, é um grande exemplo de como se portar no campo (da fotografia)
A sua carreira de fotógrafo começa no fim do ano de 1931, uma vez que aparece a fotografar Leon Trótski, no meio de múltiplas dificuldades, durante um congresso em Copenhague. O aparecimento do nazismo e a religião judaica de Robert fazem com que em 1932 ele tenha que deixar Berlim, dirigindo-se para Viena e depois, Paris. É neste período que adota o nome profissional Robert Capa, pelas suas ressonâncias americanas, embora o apelido tivesse origem na alcunha de Endre Friedmann do tempo da escola na Hungria, Cápa (ler: tsápa), que significa Tubarão.
Em 1934 encontra Gerda Taro, e no ano seguinte ambos criam o personagem Robert Capa, repórter mítico de nacionalidade estado-unidense, pelo que Endre Friedmann se declara associado a Gerda Taro, sua primeira namorada, também fotógrafa-produtora. O nome do repórter Robert Capa rapidamente fica célebre, mas logo se descobre que ele se serve de um pseudônimo. Em 1936, Capa e Gerda Taro partem em reportagem para o meio da Guerra Civil Espanhola, onde Gerda encontra a morte no ano seguinte.
Em 1938, Capa vai à China para fotografar o conflito sino-japonês, retornando à Espanha em 1940, logo que a França cai sob o jugo nazi. Retira-se em seguida para os Estados Unidos, onde começa a trabalhar para a revista Life. Posteriormente vai para Inglaterra e depois para a Argélia.
Em Junho de 1944 participa no desembarque da Normandia, o Dia D. Depois da guerra, com David Seymour, Henri Cartier-Bresson e George Rodger, funda a Agência Magnum (constituída oficialmente em 1947). Nos primeiros tempos, ocupa-se na organização da estrutura, partindo em seguida para o “terreno”.
Robert Capa fotografou a Guerra Civil Espanhola, onde tirou a sua mais famosa foto (“Morte de um Miliciano”), a Guerra Civil Chinesa e a II Guerra Mundial com lentes normais, o que fez com que ele se tornasse um dos mais importantes fotógrafos europeus do século XX.
“Morte de um Miliciano” ou “O Soldado Caído”, 5 de setembro de 1936, durante o início da Guerra Civil Espanhola.
A fotografia “Morte de um Meliciano” ou “O Soldado Caído” foi feita em 5 de setembro de 1936 em Cerro Muriano, sendo veiculada em 23 de setembro na revista francesa VU e um ano depois na revista americana Time. Muitas dúvidas foram levantadas em relação à foto, a primeira contestação embasada sobre a autenticidade surgiu em meados de 1970, no livro A Primeira Baixa (Philip Knightley). O historiador Mario Brotons atribuiu o homem que é baleado na cena como sendo o anarquista Federico Borrell García, porém há dúvidas sobre a real identidade do soldado. O historiador espanhol Miguel Pascual acredita se tratar de uma montagem – os negativos nunca foram encontrados. Um outro grupo ainda defende que a foto tenha sido feita por sua companheira, a alemã Gerda Taro.1 No livro “As Sombras da Fotografia” do professor de Comunicação da Universidade do País Basco, José Manuel Susperregui, argumenta-se que a foto teria sido encenada em Espejo, a cerca de 60 km de Cerro Muriano. Susperregui afirma que, de acordo com suas pesquisas, e auxílio de historiadores da região, o local não poderia ser Cerro Muriano por ser uma área de floresta com mais de um século, enquanto que Espejo se identifica quase que de forma idêntica com a paisagem reportada. Segundo Cyntia Young (Centro Internacional de Fotografia), Robert “legendou muito poucas de suas imagens” dessa que foi sua primeira viagem como fotógrafo na guerra, e que essa interpretação teria sido feita pelos editores em Paris, ocasionando tal dúvida. Historiadores afirmam que não houve combate no início daquele mês em Espejo. A suposição de que foi um franco-atirador, segundo Susperregui, também é falsa, porque a distância entre os dois lados da guerra eram muito longe para que houvesse essa possibilidade, e que não há comprovação de franco-atiradores na região; além disso, Robert em entrevistas afirmou que foi uma rajada de metralhadora que atingiu o soldado.2
Capa morreu na Guerra da Indochina, em 25 de maio de 1954, ao pisar sobre uma mina terrestre. Seu corpo foi encontrado com as pernas dilaceradas. A câmera permanecia entre suas mãos. (Wikipedia)
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