Um avião cai em uma ilha, alguns sobreviventes outros mortos. Trata-se de uma ilha misteriosa, de certa forma mágica, já que um cadeirante volta a sentir suas pernas, anda e faz qualquer coisa que uma pessoa sem uma lesão na coluna faria. Ou um urso polar em pleno sol e calor. Esses são apenas dois fatos que podem ser vistos logo nos primeiros episódios. Se fossem contados todos os acontecimentos estranhos, seria necessário um livro.

As duas primeiras temporadas são bastante focadas na sobrevivência dos passageiros do voo 815 da Oceanic. Aos poucos vai se descobrindo de fato tudo que ocorre na ilha e toda sua magia. Com o tempo, encontram pessoas que já habitam o lugar e a seguir a série vai desvendando outras pessoas que querem estar ou não na ilha. Embora, apenas no último episódio é descoberto o que de fato é esse lugar. E porque é especial.

Em certo momento, da terceira pra quarta temporada a série fica um pouco cansativa com tantos mistérios e poucas descobertas mas do meio pro fim da quarta começam aos poucos a desvendar algumas questões importantes.

Lost é uma série que divide opiniões sobre seu desenrolar e principalmente sobre seu final. Aí temos alguns pontos a discutir.

É certo que todo filme que acaba com alguém descobrindo que na verdade o filme todo não passou de um sonho, tem um final que ninguém quer ver. E não. No Lost eles não estão mortos, embora muita gente tenha entendido isso. Jack e seu pai conversam quase na última cena da série e deixam bem claro que tudo aquilo é real e eles realmente viveram toda aquela loucura.

“Eu não sei o que é mais perturbador:
o fato de estar faltando o resto da estátua
ou que tem só quatro dedos” Sayid Jarrah

Loucura. Essa foi uma das críticas ao final de Lost. Sério que alguém assistiu essa série achando que toda a história seria algo coerente? Se achou, releia o primeiro parágrafo desse texto e perceba que você foi enganado, porque logo nos primeiros episódios te mostraram que aquilo seria algo longe do normal.

Embora tenha sim um desfecho um pouco confuso, o final é tão bom, mas tão bom, que abre margem pra você escolher seu próprio final. Sério. Abra a mente. Imagine o final que quiser. Inclusive esse péssimo de que todos estão mortos. É possível. Pensando em qualquer religião, ou crença, o final é mágico. Assim como a ilha. Todas as suas reencarnações vividas paralelamente e de certa forma, em alguns casos, se controlando. Se entrelaçando. Cada escolha sua traz uma consequência. E não pra vida, traz consequência pra alma. 

Lost tem tudo. Ou tem nada. Depende de você.