“Não tem nenhuma chance. Nenhuma chance. Sabe qual a chance de eu ser preso? Nenhuma. Zero. Não precisa dar explicação nenhuma. Por quê? Porque não vai. Não tem nenhuma chance. Tá no Jornal Nacional. Zero.”
Essas são as palavras de Joesley Batista no áudio “erroneamente” enviado à procuradoria da república. Entre tantos impropérios ditos, inclusive sobre prostitutas e sobre ministros do STF. E acima de tudo sobre Janot, que ao que tudo indica foi manipulado com maestria pelo delator, com a ajuda do ex procurador Marcelo Miller.
Rodrigo Janot e o STF ficaram em situação difícil. Se revogarem o acordo de relação, assumem que estavam errados. Foram enganados e entraram de gaiatos. Foram patinhos para o empresário que cresceu com dinheiro sujo.
Se por outro lado nada fizerem darão razão para Joesley, criminoso confesso e que pelas palavras acima dá a entender que tem todo mundo a seus pés. O que não seria impossível ser verdade.
“Não tem nenhuma chance. Nenhuma chance. Sabe qual a chance de eu ser preso? Nenhuma. Zero. Não precisa dar explicação nenhuma. Por quê? Porque não vai. Não tem nenhuma chance. Tá no Jornal Nacional. Zero.”..Joesley Batista
Isso, obviamente, acabaria com a credibilidade de Janot e do STF diante da opinião pública. E mais, seria a prova viva que no Brasil quem é mais esperto se dá bem passando todo mundo pra trás.
E ver um falastrão vivendo nos EUA e investindo dinheiro às custas de dinheiro público brasileiro emprestado por causa de corrupção não será nem um pouco bom pra imagem já desgastada do judiciário brasileiro.
Mas o que deve ser claro é a resposta que o cidadão brasileiro espera: a prisão imediata de Joesley e sua trupe. Nada pode resgatar a imagem arranhada do procurador neste momento, mas a prisão de Joesley ajudaria a fazer a justiça necessária para que novos ares sejam pelo menos pensáveis nas mentes dos brasileiros de bem, que em nada mais acreditam e mais nada tem um pingo de esperança. Já que além de tudo, se isso não ocorrer, a impressão que ficará é que não só Joesley fez de Janot de bobo, mas também que este deixou um trabalho pífio. Não pela obra completa, mas por seu último ato.
Caso a prisão seja decretada, não há como fugir do chavão: peixe morre pela boca. O contraventor podia ter ficado quieto, mas não só foi burro ao falar, como mais burro ao não checar que a gravação estava sendo enviada. De tubarão esse não vai ter nada, estará mais para baiacu mesmo.