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3 recomendam2 min21 de janeiro de 2015 2 minutos de leituraA execução do brasileiro na Indonésiasob um ponto de vista budistaA pena de morte é cruel ? É cruel, não há dúvidas… Mas o brasileiro, que morava há mais de uma década em Bali, falava fluentemente o bahasa ( língua local), sabia muito bem das leis do país e mesmo assim se arriscou. Perdeu. Isso se chama lei de causa e efeito… Pagou um karma caro. Mais de dez anos preso esperando para ser executado. Antes disso viveu bem, do dinheiro do tráfico.
O que não entendo é porque a imprensa brasileira sempre o descreve como instrutor de vôo, coisa que ele nunca foi. Em entrevista a um repórter ele disse que jamais foi outra coisa que não traficante. E que traficava desde os dezessete anos.
É feio falar no jornal que o homem era traficante ?! Ou traficante é só aquele que mora no morro, que já nasce segregado e que anda com armas poderosas ?!Simpático, boa praça, engraçado, etc etc…ok. Mas traficante. Se merecia morrer por causa disso eu não sei…se a pena de morte é uma forma válida de punição é outra estória bem mais complexa. Particularmente acho que matar não deve ser opção em hipótese alguma…mas por uma convicção filosófica muito pessoal.
Pessoalmente, eu me pergunto : nós temos o direito de colocar nossas vidas em risco assim ?! O livre-arbítrio é um direito de cada um, mas a vida é um bem tão precioso e existem tantas pessoas em condições terríveis,em vários lugares desse mundo enorme e injusto, lutando pra sobreviver, que me questiono se temos o direito moral de colocar em risco nossa própria vida dessa maneira, impunemente…
Não estou nem levando em conta as vidas que o próprio traficante coloca em risco quando disponibiliza a droga no mercado, vide o caso do jovem que morreu recentemente numa viagem de droga totalmente errada em Cancún.
Minha pergunta é : Quem matou Marcos Archer foi o Estado indonésio ou o próprio Marcos Archer ?
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