Preocupados com um resultado agradável ou mesmo impactante, fotógrafos, especialmente os que não são profissionais, esquecem o principal motivo de fotografar: usufruir da experiência. Sim, o ato de fotografar tem que ser algo prazeroso. Muitos escolhem mudar de carreira por estarem cansados de suas respectivas profissões. Como qualquer outra, fotografia tem suas dificuldades e lado chato. Não existe profissão que não tem um lado chato. Por isso é necessário entrar na profissão sabendo que é possível juntar prazer com trabalho, mas não devemos esquecer nossas escolhas antes de começar. Para os que fotografam só por prazer, melhor ainda.
Pense bem antes de obter qualquer resultado, do porque está fotografando o que está.
Se gosta de crianças, fotografe com atenção na criança e em suas expressões, seja de curiosidade, de felicidade e assim vai. Quem gosta de criança curtirá prestar atenção na mesma e gostará de estar fotografando.
Se adora Natureza, preste atenção no porque disso, são as cores da mesma que te chamam atenção? É a luz do fim do dia? A textura das flores?
Amar o que está fazendo e ter uma experiência prazerosa fará com que você tenha paciência. Pode parecer óbvio, mas na era do imediatismo, poucos tem essa paciência. Quem está aproveitando a experiência mergulha de cabeça no que está fazendo, de forma absorta, esperando às vezes horas por uma foto. Não porque produzirá o resultado esperado, mas porque aquele momento faz parte do que você esteve esperando com prazer por presenciar.
O momento que você tira uma grande foto é sentido no exato instante. Não é necessário checar o resultado na mesma hora, você simplesmente sabe.
Ao fim, a grande foto é apenas resultado de ter aproveitado ao máximo o ínfimo instante de captura, o qual provém de uma observação contínua de quem ama aquilo que está vendo. Preste atenção.