2 minutos de leitura
Criatividade e desequilíbrio
A criatividade não é amiga do equilíbrio

Vendo vários exemplos de gênios criativos no mundo da arte, suas manias, suas obsessões e demais (fobias, etc), dou aqui minha opinião que em nada é baseada em análise técnica ou mesmo científica.

Acredito que a criatividade e o equilíbrio estão longe da parceria. Na realidade, acredito que o oposto é não só mais “saudável” como muito mais necessário para uma mente criativa. Pessoas muito equilibradas com vidas perfeitas, muito “zen” ou simplesmente pessoas preparadas e extremamente preparadas pra vida tem menos capacidade de poder criativo do que as que vivem em desequilíbrio ou mesmo à beira, diariamente, de saírem do sério, de enxergarem além, especialmente do ordinário.

E, mais uma vez apenas na minha opinião, os que conseguem ver além do ordinário da realidade diária, raramente são pessoas com perfeito equilíbrio, sem manias, vícios ou até pequenas obsessões.

A criatividade tem como base estar conectado em algo acima da consciência, algo que poucos conseguem. E quem consegue (de novo, na minha opinião!), raramente passa incólume, vivendo o dia a dia como uma pessoa comum. O “acesso” à algo extraordinário traz também o lado sujo, exatamente tudo citado acima.

Manias, sofrimentos, obsessões, fobias e demais são grandes fontes de criatividade, por incrível que pareça.

Então meu conselho pra quem cria, em qualquer campo de arte, é: abrace e cuide de todos seus problemas, eles são muito mais úteis do que parecem. Seus medos e insegurança devem ser explorados ao máximo, sem eles você é apenas algo incompleto, que perde sentido. E mais, o caminho é muito mais aproveitado quando passamos por tudo isso e nos conhecemos melhor. O caminho é sempre o principal, o resultado é apenas consequência!!!

Comentários (2)
    • Paulo Vasco 2014/03/01

      Gostei muito do seu texto.nPessoalmente, partilho do mesmo parecer. Os grandes filósofos, os grandes mestres e artistas foram mentes inquietas, nem sempre ajustadas ao seu tempo, ao seu eu ou à sua época. nAbraço.

      Respostas (1)