Aprender a diferenciar o que achamos “bonito” ou “bonitinho” numa foto e o que os outros acham é o começo pra sabermos qual o valor comercial tem nosso trabalho. Nunca falando de trabalho pessoal, mas sim de comercial, desde produto até eventos e modelos, é necessário entender que às vezes o que você acha “legal”, nada mais é do que um recurso mais do que ordinário e como tal terá o público ordinário como cliente. Até aí você pode pensar: mas se o que eu gosto muita gente gosta, tudo bem. Tudo bem em termos. Qual é o trabalho que você tem pra colocar um “filtro” verde (explicação abaixo) na sua foto? 5 segundos no lightroom ou photoshop? Qual a dificuldade que outro fotógrafo terá pra fazer igual? Nenhuma. No fim então o cliente resolve por onde? PREÇO. Aí você literalmente abre as pernas e se rebaixa a preços que te obrigam trabalhar e fazer sessões de fotos diárias, tratar as fotos que nem loco e chegar ao fim do mês com um salário de um fotógrafo medíocre. Pois você escolheu fazer igual a outros milhares (milhões hoje em dia).
Nada custa ver grandes fotógrafos e entender porque eles tiram as fotos que tiram e porque as fotos deles valem muito. É esse caminho que deve ter na cabeça o fotógrafo iniciante.
Então vamos ao filtro verde. Não consigo entender porque alguns fazem isso. Esses dias um aluno muito legal mostrou seu site. Colocou fotos de uma modelo na paulista com filtro verde. Por favor, não custa olhar a foto durante 1 minuto pra se sentir incomodado. Cor de pigmento é uma coisa, de luz é outra. Um retrato com luz verde é incomodo, não é agradável, nunca será. É só estudar sobre cor de luz para entender. A foto acima foi transformada com tom verde de luz porque queria incomodar, fazia parte de um trabalho de síndrome do pânico. A cor foi escolhida para incomodar. Vejam o trailer abaixo, do Matrix. A cor era verde, por quê? Porque era pra incomodar, mostrar que os seres humanos estavam doentes, cegos pra realidade que estavam vivendo.
