Alguns alunos me perguntam e acham que mexer na foto posteriormente à captura seria antiético ou que se estaria mexendo e conseguindo um “efeito” não real ou que não estava presente na cena. O engraçado é que existe a outra vertente que adora um instagram e seus “filtrinhos”. Não existe mais meio termo… rs.
Vamos lá: antes de tudo é preciso se entender qual o propósito da foto. Depois o quanto esta edição vai interferir na foto. E por fim se o cliente final vai ou não precisar desta intervenção.
Se o propósito da foto é meramente ou prioritariamente a captura de um momento “foto jornalístico” não existe tanta necessidade de se mexer numa foto em pós edição. Mas pra quem fotografou com filme, sabe muito bem que as cores de digital são muito diferentes de digital, e o contraste também. Algum problema em mexer então em contraste e cor? Óbvio que não. Ou alguém acredita que todas as fotos de filme eram com aquelas cores, extremamente fieis à realidade? Não, não eram. (aí vem a necessidade de se fotografar em RAW). Já se o trabalho de photoshop faz parte do trabalho da fotografia da pessoa, são outros quinhentos. Aí a intervenção de edição é as vezes o que faz a foto ficar do gosto do autor. Se boa ou não, depende, e muito.
Agora quando temos um cliente final que espera algo já pré concebido ou acordado, vai depender exatamente o que ele viu. Se viu e gostou desses filtros verdes e magentas (de mal gosto absurdo) você terá que fazê-los. Se o cliente viu seu trabalho sem nada disso, não invente, simplesmente porque achou “bacana” ou “bonitinho”.
E se lembre sempre que seu estilo pode ser igual ao de todo mundo ou ter uma identidade própria. Você escolhe. Como falamos aqui: