A série de Tv “Two and a half men” chegou ao seu final depois de 12 temporadas no ar (o episódio aqui no Brasil foi ao ar 05/03). A série começou com a ideia de um homem com filho pequeno que acabava de se separar indo morar na casa do irmão mulherengo, beberrão e bon vivant. O resto todos que acompanharam a série já sabem: inúmeras situações engraçadas até o ano de 2011, quando o ator Charlie Sheen foi mandado embora do programa. Causa justa ou não, não é nisso que o telespectador está interessado.
Após 2011, a série cambaleou (apesar de uma audiência grande na estréia de Ashton Kutcher, substituto de Sheen na série) e cambaleou tentando conquistar o público de volta, que gostava da dupla Sheen/Cryer. As peripécias de Sheen (Charlie) e lambanças de seu irmão (Alan) eram o que tinha apelo. Sozinho, tanto um quanto outro não funcionaria.
Então, enquanto o filho de Alan, Jake, cresceu ainda mais (e também cresceu seu ódio pela série), perdeu a graça e a nova dupla não emplacou, soluções foram pensadas: uma filha lésbica de Charlie apareceu, um garoto a ser adotado foi tentado e até uma casamento (falso) gay tentaram. Nada deu certo.
Chegou-se então ao capítulo final, dividido em duas partes, em dois episódios. O episódio girou em torno de Charlie. Mas pra quem achava que seria em torno do Charlie Harper, o personagem da série, estava apenas correto em 50%. O episódio foi em torno, muito mais, de Charlie Sheen. Se ao longo do tedioso final vimos que Charlie estava vivo ( o mataram na série em 2011, mas sem mostrá-lo), tendo sido sequestrado e mantido em cativeiro por Rose (vizinha que era obcecada por ele) por todo esse tempo, vimos um final que fez várias brincadeiras com o próprio seriado e principalmente com Charlie Sheen, dizendo entre outras coisas que sua série subsequente (Anger Management) foi um fracasso, que ele é agressivo e ameaça integrantes do atual Two and a half men, entre outras várias piadas críticas sobre o ator.
Bizarro, ainda mais, foi uma animação parecendo que estávamos no videogame Wii, para mostrar como Rose viveu com Charlie e depois o sequestrou. (foto abaixo)
Passamos por todas as mulheres com quem Charlie se envolveu, vimos o personagem Jake ficar rico, entre outras tediosas ou as vezes engraçadas coisas deste episódio final, como a participação de Arnold Schwarzenegger e o ator hoje de segunda Christian Slater. Mas esqueceram o principal. A história da série. Até o menino adotado sumiu no final. E não sabemos se Alan finalmente foi embora da casa ou não.
Por fim, na última cena, um ator de costas mais gordo que Charlie Sheen, aparece de costas chegando à porta de sua casa antiga para ameaçar Alan e Walden (Ashton) e do nada um piano cai dos céus em cima dele. E o diretor da série diz que está ganhando, para logo depois outro piano cair em cima dele.
Fica claro, que além dos telespectadores, a série toda também não esqueceu Charlie Sheen. E que no final ninguém saiu ganhando, especialmente o telespectador, que perdeu uma série ótima, já lá em 2011….uma pena.