O fotômetro parece engessar muitos alunos de fotografia no começo do aprendizado. A lógica do “0”, cinza médio, 50% de luminosidade e etc não entra logo de começo na cabeça do aluno, que desesperado para achar o tal zero muitas vezes não presta atenção nos parâmetros escolhidos para chegar no tal zero. A obsessão pelo zero faz com que o aluno nem saiba se escolheu de forma certa velocidade do obturador, ISO e abertura do diafragma.
O fotômetro está lá para ajudar apenas o começo. Apenas para ser um norte inicial. Primeiro vem a lógica da luz. Pela qual já podemos ter uma ideia do ISO e assim resolver os outros dois parâmetros mediante o tipo de fotografia que faremos (esportes, retrato e etc.)
Como consequência temos então um resultado certo, quase certo ou muito errado. Não interessa. Lá no fotômetro será mostrado pra você isso. E aí reside o problema do iniciante. Em vez de pensar em luz ele pensa no fotômetro. Quer chegar ao zero sem pensar o que deve fazer.
Para iniciar e pensar como deve fotografar o iniciante deve, após aprender pontos de luz e terços, entender que ele deve resolver a foto a partir do erro prévio. A foto está escura? quanto? muito escura ou um pouco? Um pouco…então devo deixar entrar mais luz. Qual dos três parâmetros vou usar para deixar entrar mais luz? QUANTO DE LUZ VOU DEIXAR ENTRAR? um terço, dois terços, um ponto e assim por diante.
Em vez de ficar pensando toda hora no fotômetro pense como o erro que criou deve ser consertado, esquecendo um pouco esse fotômetro.
Pense em luz. Pense em luminosidade. Esse é o caminho para começar a fotografar e acertar sua fotometria com o tempo. O cérebro vai acostumar de forma diferente seu aprendizado sobre o fotômetro e dar mais liberdade e exatidão em medição de luz.