Ainda parece um pouco, ou muito, difícil pra um aluno iniciante entender como mexer no fotômetro. Entendendo que na verdade não mexemos no fotômetro mas sim nos parâmetros que a câmera oferece, o ISO, a velocidade do obturador e a abertura do diafragma, podemos então tentar entender por onde começar e no que mexer quando a foto não está dando certo.
A dificuldade maior do iniciante é entender o que mudar. Por qual dos três parâmetros ele deve começar. Qual ele deve mexer na seqüência e qual ele deve então deixar por último. E mais. Se a foto não deu certo, qual devo alterar. Por que minha foto está dando errado?
Pra começar vamos deixar claro: Todos parâmetros alteram seu fotômetro (aquela “régua” que aparece no visor embaixo da cena que está sendo vista). Mesmo que você pense que nada está sendo alterado por não ver o indicador na régua se mexer, ele está sendo alterado. Isso ocorre porque a escala desde fotômetro é muito maior do que a vista pelo visor. Vai muito além para o lado do símbolo de + e idem para o símbolo de -.
Partindo desse princípio vejamos a tabela abaixo:
OK, então sabemos o que mexer pra conseguir fazer o fotômetro se mover para o lado de mais ou menos luz.
O que mais acontece é o aluno não entender o que está fazendo pra chegar no meio de seu fotômetro ( o zero, teórico ideal) . Muitas vezes chega no tal zero mas a foto está borrada. Ou chega no zero e a foto está com uma resolução muito deteriorada e não sabe entender o porquê.
A partir daí fica um pouco perdido sobre o que fazer.
Vamos lá:
Com raras exceções, a primeira coisa a se resolver é o ISO da câmera. Usamos Iso baixo em condições de luz abundante. ISO até 200 em pleno sol. 400-800 para situações de dia nublado. E mais altos para interiores ou noite. Regra para fotos sem tripé e para fotografia em geral, que não preciso fotografar ação muito rápida para congela -la.
A partir daí decido um diafragma ou uma velocidade de obturador. O que primeiro?
Depende. O que é essencial pra você? A velocidade ou o diafragma? O diafragma influencia na profundidade de campo (desfoque) e a velocidade obviamente no congelamento ou não de objetos móveis na cena (carros pessoas e etc que estão em movimento).
Pra ser sincero, em condições de luz naturais e boas, e sem fotografar nada de velocidade muito rápida, é bem fácil escolher qualquer diafragma antes e por fim decidir uma velocidade pra chegar no “ideal” no seu fotômetro. E mais fácil sim escolher um diafragma antes do obturador.
Ok. Escolhemos um ISO, depois um diafragma e por fim uma velocidade para conseguir a luz necessária. Conseguimos. A luz deu certo.
Nessas boas condições de luz dificilmente o fotógrafo iniciante errará.
Vamos então a outras situações aonde pode estar havendo problemas.
A foto está saindo tremida: Obrigatoriamente a velocidade então precisa ser aumentada. OK. Se a luz estava certa, pra aumentar essa velocidade eu sou obrigado a aumentar o ISO ou abrir o diafragma. Assim arrumo a velocidade. Mas qual dos dois?
Basicamente, se a profundidade de campo está correta, mexe-se no ISO. Se você não se importa com um fundo mais desfocado e tem diafragmas mais abertos disponíveis em sua lente, abra o mesmo. Assim seu ISO não precisa ser aumentado e você tem uma qualidade de arquivo melhor.
Óbvio que se a velocidade estiver muito baixa, talvez você necessite usar os dois, subir ISO e abrir diafragma pra conseguir subir sua velocidade de forma satisfatória. Em todos os casos, estamos então falando de uma foto que estava certa, mas que por uma velocidade baixa estava tremida ou mesmo borrada por causa de movimentação de elementos integrantes da cena.
Dicas: Não se trabalha fotografia na mão, sem tripé, em diafragmas mais fechados que f16, algo que já inclui difração (perda de resolução em vez de melhora).