Essa publicação tem em vista uma observação crítica a respeito das pessoas que querem se tornar fotógrafos. Dando aula já há uns bons 5 anos, é possível fazer uma análise clara da realidade que vejo no meu dia a dia.
Antes de tudo é preciso dizer que hoje em dia ser fotógrafo é bem mais fácil do que 30 anos atrás. A ferramenta é instantânea, e o conserto de eventuais problemas são também imediatos. Talvez por isso temos tanta gente querendo ingressar na profissão como alternativa para uma mudança de rumo na vida profissional. E por ser algo mais rápido que uma faculdade, a oportunidade parece tentadora.
Se vai dar certo ou não só o tempo diz. Mas o mínimo que se espera de um aluno é sua dedicação. Ela hoje em dia varia. Mas os que mais se dedicam não são os que desejam a fotografia como profissão, são os que amam fotografia.
Abundam no momento os exemplos ruins. Alunos que se dizem ávidos por aprender e serem profissionais mas que menos anotam em classe, os que esquecem cartão de memória, os que chegam atrasados. Os que não estão entendendo e têm dificuldade mas que raramente exercitam em casa. Os que pouco pesquisam imagens para estudarem uma boa imagem.
Não é possível entender direito a razão pra tal atraso ou preguiça pra quem quer mudar de profissão. Ou talvez por acharem que é fácil (mesmo muitos não fazendo nada direito) ou se por não terem uma necessidade real de um novo meio de vida.
O mais óbvio é que se alguém quer mudar de profissão já perto ou depois dos 30 anos, o caminho é mais árduo do que pra quem está em seus 20, começando de cabeça fresca e com um mercado muito mais aberto para explorar. Portanto quem quer mudar de área já começa com desvantagens.
A verdade é simples: quem quer algo se dedica e leva a sério e com disciplina. De qualquer outro modo, as chances de fracasso são grandes.