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RAW vs jpeg: parte 1
A "latitude" de luz de uma cena e como os arquivos a afetam

Uma das vantagens de fotografar em RAW, é ter o que chamamos de maior latitude de exposição. Termo usado para falar da captação de uma imagem com grande contraste e gama de luz também grande, começando da área mais escura até a área mais clara, ou seja, das sombras até as altas luzes.

O exemplo a partir de agora demonstra isso. Apesar de não ter assim tanta exigência, temos uma área clara sendo iluminada diretamente pelo sol e uma área verde na sombra. E ao fundo o céu azul, o meio tom.

Fotografada com um ponto a mais do que o zero (+1 no fotometro) ela ficou muito clara e então vamos processar os dois arquivos, em raw e jpeg, pra tentar recuperar as altas luzes e ao mesmo tempo manter as sombras (que por terem sido expostas ao +1 ficaram bem expostas, abertas e com detalhes) com os detalhes que estão.

  • 1. Quando recuperamos a exposição no jpeg,

o piso no varal não recupera os detalhes de textura em sua totalidade.

A folha mantém o reflexo totalmente estourado e a parede atrás cria um halo entre a luz e sombra. (circulado em laranja)

  • 1. Quando recuperamos a exposição no RAW,

o piso no varal recupera quase todos os detalhes de textura.

A folha tem um reflexo mais natural e a parede atrás está agora com uma transição de luz pra sombra sem os problemas que vimos no jpeg (tudo circulado em laranja)

Em ambas as fotos a sombra atrás das árvores tem boa qualidade, já que foram preservadas durante o disparo, mediante a escolha da exposição.

Claro a preferência e conveniência de cada fotógrafo é totalmente pessoal e não deve ser questionada, como também a performance do seu sensor. Ela sempre é melhor em RAW. Podemos ver o histograma de ambas imagens pra comprovar que quando falamos de latitude, não existe questionamento algum.