Em época de eleição, somos bombardeados por propagandas e temos um emaranhado de pessoas falando com o cidadão brasileiro pela TV, internet, rádio e até mesmo por telefone.
A propaganda eleitoral, independente do número de pessoas que atinja, é um exercício de “twitter” pela TV. Em poucos ou quase nenhum caractere, vemos uma pessoa dizer seu nome, uma frase de efeito e dizer com quem está: você cidadão e mais algum candidato que ele apoia. É uma verdadeira metralhadora giratória, que é composta por diversas balas, para todos os gostos. O dinamismo e brevidade não nos deixa analisar literalmente nada, seja a capacidade do candidato, ou mesmo quem é o sujeito.
Temos que recorre então às informações que buscamos, uma vez tendo simpatizado com o candidato em questão.
Mas quem realmente faz isso?
As discussões na internet, jargões usados e mesmo ofensas proferidas por muita gente, incluindo candidatos, mostram que o brasileiro é muito pouco politizado. Ouvimos todos tipos de embates e discussões. Com aprofundado conhecimento? raramente. Aonde pessoas usam palavras pra rebaixar um ao outro, como “coxinhas” e “petralhas” há um claro desvio de foco por quem não defende idéias, mas sim ataca pessoas. O mais preocupante é quando isso vem até mesmo de candidatos e políticos. Mostrando o claro destempero e a famosa convocação da “torcida” para estar ao seu lado. E pior, muitos se mobilizam por tais chamadas.
Vemos absolutamente tudo. Artistas que convocam votos em cidades que não moram. Políticos que atacam políticos de outros estados sem mesmo estarem competindo por um cargo.
A política do “criemos um inimigo” e esqueçamos a criação de idéias construtivas e soluções para a população virou o grande mote de todos políticos hoje em dia. E parte da população e imprensa entra no jogo e de forma alienada se envolve apaixonadamente.
O ser humano parece ter, mais do que nunca, a necessidade da escolha de um inimigo em comum para assim eleger um vilão a ser derrotado. O problema reside no fato que o herói que ele escolhe pra salvá-lo, a grande maioria das vezes , é um pouco ou nada melhor que seu vilão. Ou outras vezes tão ruim quanto ou ainda pior.
Não existe salvador ou herói. A única salvação viria de uma educação melhor para toda a população. Educação do que é certo e errado. Educação sem viés político e com incentivo a liberdade de pensamento. Sem evangelização e dogmas errôneos. Não exite caminho para a melhora que não a evolução através da vontade, educação e correção de nossos pares. Só a erradicação da ignorância é esperança para o futuro.