O brasileiro tem se envolvido em discussões políticas a cada dia que passa. Com mais intensidade, acalorados debates com acusações e defesas de figuras políticas tem sido efetuados em redes sociais, portais e claro, pessoalmente também.
O exercício de cidadania tem tido toda ênfase em momentos singulares na vida do brasileiro. Primeiramente, quando se vota. Depois, quando algum escândalo estoura aos quatro cantos do país. Parece que a demonstração de cidadania está atada a posições políticas. E é exclusivamente dependente de políticos e política. Cobrá-los, apoiá-los, criticá-los e por fim culpá-los é o exemplo de cidadania que vem à cabeça da maioria.
Não precisamos pensar demais pra entender que tal pensamento está fadado ao fracasso, vide os exemplos recentes. Políticos brasileiros tem parecido crianças que precisam de supervisão constante dos pais, esperando que os pais olhem pro lado pra poderem fazer algo de errado. Leia-se: Pais, nós eleitores e cidadãos. E fazer algo de errado, algo muito pior do que pegar um doce escondido da mãe e do pai.
O que a maioria das pessoas esquece, ou parece não fazer, é exercer seu papel de cidadão no dia a dia. De não só pregar a honestidade, mas exercê-la. De entender até onde vai seu direito e aonde começa o do próximo. Entender que o papel do estado não é só prover pelos impostos que recebe, mas também ter preservado seus bens públicos, que na verdade são dos próprios brasileiros.
Exercer seu papel de cidadão é preservar os lugares que são de responsabilidade do Estado. É respeitar o próximo, é não sobrecarregar o Estado com descuidos na sua própria saúde e depois botar a conta nas costas da saúde pública já falida.
É preservar escolas e não usar adolescentes como massa de manobra, algo que alguns tem feito nos últimos dias.
É dar lugar ao deficiente, ao idoso e as gestantes no transporte público. É o motorista que respeita o ciclista e que por sua vez tem obrigação de respeitar o pedestre.
Um longo caminho precisa ser percorrido pra o país se tornar um exemplo de respeito e cidadania. Mas ele não começa só com os políticos, dos quais está claro é impossível se esperar algo. Mas sim com cada um, começando até por jogar o lixo no lugar certo.
