Quando criança, independente da idade que hoje tem, deve ter ouvido: o Brasil é o país do futuro! É…pelo andar da carruagem, deve ser o país do eterno futuro. Esqueceram de dizer pra agente qual seria esse futuro. Se dos sonhos ou o negro que cada dia mais se apresenta ao cidadão brasileiro.
A soltura de José Dirceu e Eike Batista pelo STF, com o gol decisivo do maior artilheiro de soltura de todos os tempos, Gilmar Mendes, nos faz pensar no que será o tempo futuro. O próximo será Palloci e logo Eduardo Cunha. Com provas contundentes de corrupção no grau mais alto que escandalizaria até Paulo Maluf, o prêmio será sair da cadeia preventiva. Provavelmente para todos eles.
Na mesma situação de Dirceu temos mais de duzentos mil presos. Serão libertos? Provavelmente não. Qual a mensagem aqui? Sim, o Brasil é o país dos ricos com poder para intimidar instituições na teoria magnânimas. O Zé da esquina ficará preso o resto da vida em primeira instância, porque não tem dinheiro e a morosidade no seu processo o fará viver o resto da vida na cadeia.
Ainda pior, temos estúpidos na imprensa que tentam justificar a soltura dos poderosos se apoiando na lei.
Mas a notícia só agora é notícia pois se trata de alguém que a imprensa (parte dela melhor dizendo) gosta e tem como herói.
Pobre Brasil, com pobres heróis que inflamam mediocridade e exalam desconfiança no mais ingênuo brasileiro nascido.
No final, você pode estar pensando: qual a saída? Não se engane, ela pode ser mesmo a porta da frente, ou se como 34% dos brasileiros da pesquisa datafolha, você tiver vergonha de ser brasileiro, é melhor sair pela porta de trás.
Acreditar num país melhor é voltar a infância, quando o país do futuro ainda mostrava alguma esperança de melhora. Não porque era real, mas porque éramos apenas crianças mesmo. A ingenuidade é uma benção na infância.
Nada mudou nem nada dá indícios de mudança. Da Elba de Collor ao tríplex atribuído a Lula, milhões, bilhões e logo o trilhão será desviado. E punição que é bom nada. Ó exemplo que vemos hoje, é cada vez mais óbvio: o crime aqui, bem feito e se o criminoso estiver em companhia “certa”, compensa e muito.