De tempos em tempos a sociedade brasileira é atingida por notícias de corrupção. De tempos em tempos, vemos escabrosidades que provém da má administração pública. Seja na economia, seja na saúde pública ou todos os outros itens dos quais dependemos do governo em algum ou em muitos momentos em nossa vida.
Em questão, também, muitas vezes ouvimos a frase: votar certo. Sim, estamos em situação ruim porque não votamos certo.
Num país que de certa forma foi dividido em nós contra eles, seja por políticos, blogueiros, ideólogos ou mesmo cidadãos comuns, o desempenho ou a honestidade de um político acaba ficando em segundo plano. A “guerra” vira algo muito mais palpável do que enxergar realmente quais são os “soldados” ou protagonistas. Com pouca educação e informação sobre política, o cidadão brasileiro fica a mercê de amigos e portais pra se informar sobre quem é quem na vida política. E como muito dos formadores de opinião tem uma visão deturpada de bom ou ruim, a coisa desanda cada dia mais.
Anteontem tivemos um exemplo clássico em Carapicuíba, com a acusação contra cinco vereadores que fraudaram mais de 1,3mil contratações de servidores públicos. Dois estão foragidos. O caso chama atenção pois tem inclusive legendas partidárias que são “inimigas” nas redes sociais e perante a imprensa, como seus membros gostam de mostrar e bradar perante as câmeras. PMDB, PSDB, PT e PR.
Como jogadores de futebol que se engalfinham no campo mas que após a partida tomam cerveja juntos, vemos políticos opositores se juntando em conluios que atacam a integridade do Estado e assim geram consequências que cada dia mais influem na vida do cidadão comum.
Mas a questão provida do título do texto é se realmente existe votar certo no Brasil. Com escândalos se multiplicando e dezenas de políticos sendo acusados, existe a frase votar certo?
Se todos os candidatos são nada mais pessoas do povo, de castas sociais diferentes, diferentes educações e diferentes cores e gênero e mesmo assim os problemas, a incompetência e a desonestidade atinge um número expressivo de políticos, não seria a hora de questionar o que nós cidadãos fazemos ou fizemos a até aqui? Qual nossa parcela de culpa na formação dos brasileiros? O que cada um de nós faz em nosso dia a dia? Como educamos nossas crianças? Como cobramos nossos amigos? Como exigimos de nós mesmos a melhoria diária? Em competência, em caráter?
Só votaremos certo quando os certos estiverem disponíveis ´para serem eleitos. E acima de tudo, nós, mais preparados, saibamos quem são.