Sabe aquilo que sempre digo, da fotografia me levar onde nunca estive? Pois é!
Hoje fui fotografar uma família linda à espera de um bebê. Quando estávamos acertando os detalhes, deixei a mamãe escolher um lugar, e ela rapidamente sugeriu o Solo Sagrado. Explodi de alegria, afinal quero ir la faz muito tempo, mas nunca deu certo…e agora teria que ir mesmo!
Preparativos prontos, conferido o percurso (de transporte coletivo) diversas vezes no santo Google e la fui eu! Metro-onibus-onibus, 3 horas depois, enfim cheguei. Todo o cansaço passa quando a grandiosidade da Guarapiranga se mistura com aquele verde novinho, tudo devidamente em seus lugares, flores como poucas vezes vi em espaços coletivos. E tudo isso muito bem acompanhado de trabalhadores mega simpáticos e de graça!. Ou seja, um sucesso.
Mokiti Okada (1882-1955), também conhecido como Meishu-Sama (“senhor da luz” em português), iniciou em 1945 no Japão a construção de protótipos do Paraíso Terrestre, os quais chamou de Solos Sagrados. Estes locais caracterizam-se pela harmonia entre a beleza natural e a criada pelo homem. O objetivo era deixar para a humanidade a base para a construção de um Mundo Ideal, baseado na Verdade, no Bem e no Belo.
Chegando lá a sensação é de ter passado por um portal. Não sobram sinais de que estamos próximos ao delicioso caos paulistano, nenhuma buzina, nenhum odor desagradável. No lugar disso, borboletas faceiras, flores coloridas, caminhos impecáveis.
E fiquei pensando que se fosse mais perto da cidade, não teria toda essa magia.
Então é isso: planeje-se e vá conhecer o protótipo do paraíso na Terra, e perpetue o objetivo de seu idealizador, espalhe o Bem e o Belo como uma pedrinha que se joga no centro de um lago e vai formando círculos de pequenas ondas até chegar às margens.