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Carrie a (teen) Estranha (2013)
Remake nao assusta nem no escuro.

Deveria ter uma lei que proibisse certos filmes de ter remake.

Pois ontem, assisti o remake de Carrie…

Ja tinha visto o de 1976, mas tinha esquecido pois vi nos final dos anos 80. O original é perfeito, trilha assustadora, clima tenso, a Sissy Spacek com cara de perturbada, assusta mesmo. Agora vou falar do remake, que só assisti pois a atriz que faz a Carrie é a ótima Chloë Grace Moretz. E nao da pra imagina-la como Carrie, a coitadinha, ela ta mais pra Vampira (Let Me In) ou a safa da Hit Girl (Kick-Ass) mas tem bons momentos no filme, como tambem a atriz Julianne Moore que interpreta sua mae.

É muito difícil assistir à nova versão de Carrie – A Estranha sem ter em mente o ótimo filme original, dirigido por Brian De Palma. A desconfiança dos cinéfilos é compreensível, afinal, a diretora Kimberly Peirce basicamente oferece um produto novo a um consumidor que está muito satisfeito com o original. Como ninguém pedia por uma nova versão, a cineasta corre o risco de sofrer acusações típicas do cinema industrial: a de não ter criatividade, de apenas explorar uma história famosa.

Não se pode contar com a amnésia dos espectadores mais velhos, nem com o desconhecimento do filme original por parte dos jovens. É preciso levar em consideração o impacto que a primeira produção teve na história do cinema e também. Este por sinal parece uma franquia de Premoniçao, No entanto, a Diretora Kimberly Peirce tinha sim, todo o direito de refilmar o livro de Stephen King, sem obrigação de ser melhor, mais moderna ou mais relevante que primeiro filme. No melhor dos casos, sua versão poderia servir como uma boa parceira ao original, mostrando como evoluiu a tecnologia (agora, os alunos da escola de Carrie possuem celulares com câmeras fotográficas) e na produção (efeitos especiais e sonoros). No pior dos casos, a nova versão pareceria irrelevante. É uma pena que, ao invés de completar, atualizar ou homenagear o filme original, o novo Carrie – A Estranha tenda para a irrelevância. Nunca vi um filme de terror tao claro como esse, a trilha nao ajuda em nada, as mortes sao todas explicadas passo a passo, como se o publico nao entendesse o que estava acontecendoo de 1976 é muito mais atual do que o remake, com cenas de nudez que nao chega a apelar, até quando a trilha é engraçada, nao perde o clima de terror, com cenas onde as mortes sao mostradas de forma que o publico imagina o que aconteceria depois, agora este, parece que foi feito para um publico teen, que vive na era do instagram e facebook, que no pior dos piores passaria a tarde, antes da Malhaçao.

nn