Casadas há quase 20 anos, Nic (Annette Bening) e Jules (Julianne Moore) conceberam os seus dois filhos, Laser (Josh Hutcherson) e Joni (Mia Wasikowska), por inseminação artificial. Joni vai completar 18 anos, está na hora de se mudar para o campus da faculdade, e por legislação já tem idade para solicitar à clínica médica os dados do homem que doou o esperma. É Laser quem implora a Joni para procurá-lo. Os adolescentes descobrem então Paul (Mark Ruffalo), e a ordem na família entra em desarranjo…
Isso porque Paul é o típico self-made man, adepto do amor inter-racial e dono de um restaurante que tem a sua própria horta de orgânicos e que largou a faculdade para fazer o que gosta. Já com Laser e Joni, como diz o título, “está tudo bem” – eles ainda não criaram para si um papel na sociedade de êxito, carreira e felicidade. É com a entrada de Paul na trama que desregula a familia e causa as diferenças entre Nic e Jules, que a diretora (Lisa Cholodenko),começa a revelar a complexidade da escolha que o casal fizera 18 anos atrás.
O trunfo de Minhas Mães e Meu Pai é o seu elenco. Annette Bening encontra o tom certo da lésbica masculinizada e Julianne Moore, como sempre, traz fragilidade para a composição de sua personagem. É Julianne o norte do filme, enquanto Ruffalo nunca fez tão bem o seu recorrente papel de homem sensível ideal e boa praça.