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Dois homens, duas visões do amor
Gregório Duvivier e Rafinha Bastos expõe suas visões sobre o amor

Há aproximadamente dois meses atrás um texto de Gregório Duvivier atingiu a internet. Em sua publicação semanal na folha de S. Paulo, lugar aonde ele escreve basicamente sobre tudo (tamanha é a liberdade e bagunça para o leitor da Folha), o ator/escritor/algo mais falou sobre o fim de sua relação com Clarice Falcão, atriz e cantora.

Um texto lúdico para alguns, belo para outros, apaixonante para mais alguns e um dia depois considerado hipócrita por uns ou outros. Se no texto a impressão inicial é que não faltou nada na relação entre os dois, aliás nada de belo, pois a relação descrita foi linda, cheia de amor e experiências das mais gostosas, faltou, segundo algumas pessoas, citar que não faltou traição também. Conclusão tirada de uma música da ex parceira, que fala em traição com certa exaltação e uma raiva contida mais evidente. Basta ler a letra e não ouvir a canção.

— “Amor de verdade (aquele que dura) não tem poesia… sequer tem trilha sonora. Música dura muito pouco. Na vida real, a felicidade pode estar no silêncio. O silêncio que me permite, finalmente, abraçar a minha mulher e ver a porra da minha série do Netflix em paz. Simples assim.” Rafinha Bastos, em texto publicado na internet

Alguns dias depois, Rafinha Bastos publicou um texto resposta para o texto de Gregório. Basicamente, refutava tudo o que este chamava de amor em sua redação. E mostrava um amor muito mais real, cru e com, porque não, brigas além de todo fru fru que Gregório colocava em seu texto. Os textos de ambos estão na internet. Um fala de feminismo, fazer risoto a dois e etc. O outro fala de briga porque a esposa não atende o telefone e até da felicidade de chegar em casa e ver um filme da Netfilx com a esposa e sobre o filho (a quem Rafinha também se declara no texto) que teve com ela.

A batalha de textos não tem vencedor, tem sim a visão de quem é casado ou tem uma namorada e sabe muito bem o que é uma relação a dois. A visão de Gregório parece ser tirada de filmes de romance idealizado, pra não dizer pueril. A de Rafinha Bastos descreve se não todos, muitos relacionamentos que temos com a parceira ou parceiro. A vida como ela é.

Um texto foi escrito para agradar sua própria mulher, outro foi feito para agradar e apaixonar leitores. Não é difícil saber qual é qual. A escolha do texto a ser apreciado diz muito mais do leitor do que do escritor.