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Trump x Curry, LeBron, NBA e NFL
Trump tem fim de semana agitado com atletas e Ligas americanas

O tradicional convite à Casa Branca aos campeões da NBA não ocorrerá neste ano. Trump usou o twitter para anunciar a “retirada do convite aos atletas campeões”.

Tudo começou quando o time campeão, Golden State Warriors demorou a confirmar presença e Stephen Curry declarou, na sexta feira (22/09) que não iria, pois “poderia inspirar alguma mudança sobre o que nós toleramos neste país, sobre o que é aceitável e o que nós nos recusamos a ver”, em explicita crítica ao atual presidente, Donald Trump. O mesmo não deixou barato e no dia seguinte desconvidou os campeões em anuncio pelo Twitter, tal ato gerou revolta em alguns atletas e técnicos.

                           

“Ir à Casa Branca é considerado uma grande honra para o time campeão. Stephen Curry está hesitando, então o convite está retirado” Donald Trump via Twitter

Se você achou que nunca veria LeBron James defendendo seu maior adversário das últimas temporadas dentro das quadras, se enganou. Poucas horas depois, James usou a mesma plataforma para responder o presidente.

                            

“Ir à Casa Branca era uma honra antes de você aparecer”. LeBron James via Twitter

Em comunicado, os Warriors afirmaram que “não há nada mais americano do que o direito dos cidadãos de se expressarem livremente sobre os assuntos que são importantes para eles” e que aproveitarão a viagem a Washington em fevereiro para “celebrar a igualdade, diversidade e inclusão. Valores que abraçamos como organização”.

Menos de um dia depois, Trump desagradou outra Liga inteira, dessa vez o alvo foi a NFL, que historicamente luta contra atos de racismos e desde 2016 protesta todos os jogos durante o hino nacional, onde os atletas ficam de joelhos com os punhos erguidos. Em discurso no Alabama, Trump foi bem enérgico e mal educado ao se referir a eles.

“Quando alguém desrespeita nossa bandeira, vocês não amariam se os proprietários da NFL ordenassem a retirada desse filho da puta de campo?”                  

                            

A frase desagradou até antigos aliados e provocou uma onda ainda mais intensa de protesto e críticas. A Liga se manifestou que não irá punir nenhum jogador, inclusive aqueles que se recusaram a entrar em campo antes do hino nacional, e mostrou que o discurso de ódio de Trump só fez os atletas perceberem que podem e devem se manifestar sobre suas ideias políticas.

“Qualquer um tem o direito de fazer o que quiser. Se você não concorda, tudo bem. Pode manifestar sua discórdia. Mas de modo pacífico e respeitoso.”

Tom Brady, a quem Trump já chamou de amigo, também desaprovou a frase do presidente e disse que qualquer opinião é válida, porém deve ser respeitosa e pacífica.