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Cafetiere

(…) O café possuía um estilo “europeu”, refinado, longe de ser parecido com um daqueles típicos cafés da região da Bretanha com suas arquiteturas tradicionais. Os detalhes tinham um certo charme, delicadamente escolhidos por sua dona. Alguns objetos de arte, livros e fotografias de uma exposição compunham o ambiente que ganhava vida com tons de rosa e amarelo pastel no papel de parede listrado por trás do balcão.
O lugar era pequeno. Quatro mesas de quatro lugares, e duas para casais, alinhadas uma atrás da outra em frente ao balcão. Ficavam expostas como que em uma vitrine para os passants na rua. Em cada mesa havia uma ilustração diferente: Dali, Amelie Poulan, uma cena de tango, uma reprodução da pintura Bal Du Moulin de la Galette de 1876, Bukowski e uma com a Frida.

Os utensílios para cafetiere ficavam sobre o balcão, brilhantes, próximo a dona, a senhora de cabelos ruivos, feliz em preparar os cafés de prensa francesa.