Ela sempre foi aficionada pelo excêntrico. Seu olhar sempre se aventurou a transpor superfícies e sentir! Sentir sempre foi seu único e maior sentido. Tatuou aos dezoito “intensitè” no seu punho esquerdo com o mesmo impulso que todo seu sentido pulsa em busca da verdade. Nunca se permitiu, sem culpa, se deixar levar pela rotina e assumir “dias em branco” se desprenderem do calendário da vida, pois jamais teriam beleza comparável às folhas de outono que caem ao chão.
Sonhou ser atriz, escritora, confeiteira, mãe e aventureira. Virou fisioterapeuta, descobriu magias anatômicas, fisiológicas, da vida e da morte. Emprestou suas mãos para reabilitar e hoje estuda artes visuais para deixar sua visão guiar. Seus olhos no lugar das mãos. As mãos ficarão fragéis com o tempo e a alma mais forte para transcender seus olhares.