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A apresentadora e o choro do filho alheio
Como a internet consegue fazer grandes tempestades em pequenos copos d'água

(Foto: facebook Raiza Costa)

Raiza Costa, apresentadora de dois programas culinários no canal Gnt, causou polêmica na rede ao insinuar que apoia a proibição de muitos restaurantes franceses à entrada de menores de 14 anos em seus estabelecimentos. Nas suas palavras, postadas na internet, em meio a um texto, “Ninguém é obrigado a aturar o choro do filho alheio” . Quem já assistiu o programa da moça poderia imaginá-la falando isso de uma forma debochada e divertida, com suas caras e bocas simpáticas . Mas seu post não foi bem recebido e ela veio inclusive a apagá-lo depois.

Diante da onda de críticas (mas também elogios) ela fez outra postagem em que colocou que mais preocupante que a restrição de um restaurante à idade seriam “as mulheres que assumem que a responsabilidade de um filho é somente delas” (e não igualmente de seus pares ). Foi mais lenha na fogueira e mais críticas. 

Algumas se insurgiram e inclusive uma blogueira reclamou da falta de sensibilidade da apresentadora quanto à realidade de muitas que não tem outra opção que não seja carregar os filhos consigo.

O mais interessante disso tudo talvez seja como certos assuntos aparentemente triviais, como levar ou não uma criança a um restaurante, entre outros, tornam-se exageradamente relevantes na rede, ao ponto de percorrer inúmeras publicações, sites e blogs ( inclusive este, agora !)

O natural seria entendermos que um restaurante teria o direito de restringir a entrada de crianças , se isso fosse parte de sua política de atendimento, por que não ? Igualmente, não é difícil entender que algumas mães sejam contra. Existem argumentos de ambos os lados e não seria preciso fazer disso algo maior do que é. Infelizmente, o que acontece o tempo todo na internet é o hábito de se polemizar muito sem necessidade e de querer falar (escrever) mais do que ouvir (realmente ler) o outro.

Se já é complicado em uma roda de amigos, que dirá na internet, esse imenso telefone sem fio.