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Amor que mata…
O fim do conto de fadas de Elize Matsunaga

Matar por vingança, paixão ou dinheiro não é uma coisa tão incomum, infelizmente. Mas crimes assim, acrescidos de requintes de frieza e crueldade, ficam no imaginário da sociedade e nos perguntamos o porquê sem nunca chegar a uma resposta exata.

Nesta segunda-feira começou a ser julgada Elize Matsunaga, ex-mulher do empresário e dono da Yoki, Marcos Matsunaga.

Ela matou o marido com um tiro na cabeça em maio de 2012 e segundo a acusação , começou a esquarteja-lo ainda vivo ( na tese o tiro não teria matado o empresário imediatamente e ele ainda agonizava ) para livrar-se do corpo.

A história é toda recheada de fatos pitorescos. Marcos era casado e saía com garotas de programa. Elize era uma delas. Ele se apaixonou. Separou-se pra casar com ela. Ele era milionário. História digna de roteiro de Hollywood.

Acontece que aparentemente alguns hábitos não mudam e apesar do casamento e de uma filha em comum, Marcos voltou ( ou continuou ) a sair com garotas de programa e isso, segundo Elize, foi o estopim de uma discussão que terminou em assassinato seguido de esquartejamento.

É difícil supor o que se passa na cabeça de uma mulher que faz isso. Talvez a ameaça de perdê-lo ou perder a vida que ele a proporcionava tenha feito com que ela entrasse em desespero. Talvez, seu orgulho ferido fosse maior do que sua sanidade. Talvez ela não fosse realmente respeitada o suficiente, como alega, e se cansou. Talvez fosse apenas fria e calculista.

De qualquer forma, um crime passional não combina muito com um esquartejamento minucioso. Para tanto é preciso a cabeça no lugar.

Pequena, loira, com rosto angelical, a moça com história de Cinderela corre o risco de passar ao menos 20 anos na cadeia e perder por completo a guarda da filha.

Difícil acreditar que casos assim ainda aconteçam na sociedade atual, onde as mulheres tem tantas alternativas. O divórcio seria a opção mais óbvia e lhe garantiria no mínimo alguns privilégios e a criação da filha. Outra ,talvez não tão digna seria aceitar as traições do marido e seguir a vida, como muitas mulheres ainda fazem, por conveniência, ainda que infelizes.

Matar foi não só a opção mais cruel e obviamente condenável, foi também a mais burra.

Amor não mata. A falta dele sim.