Em um longo editorial entitulado “Hillary Clinton for president”, o jornal americano The New York Times, discorre sobre as qualidades da candidata que considera ser a melhor para ocupar a presidência da nação mais poderosa do planeta.
Logo a princípio, o jornal coloca : “Nós queremos persuadir aqueles de vocês que estão hesitantes a votar na Sra Clinton – seja porque você está relutante em votar em um democrata ou em mais um ‘Clinton’ ou em uma candidata que pode parecer na superfície, não oferecer as mudanças nesse establishment que parece indeferente e um sistema político que parece falido.”
A seguir alguns trechos, em tradução livre :
“O próximo presidente vai tomar posse com fanáticos, movimentos tribalistas e seus líderes em marcha (vide o ISIS). No Oriente Médio e através da Ásia, Rússia e Leste Europeu, até mesmo na Inglaterra e nos EUA, guerra e terrorismo e a pressão da globalização está erodindo os valores democratas, fragilizando alianças e desafiando os ideais de tolerância e caridade. Com mais de 40 anos de vida pública, Hillary Clinton tem estudado essas forças e pesado soluções para esses problemas. Nosso apoio está baseado no respeito pelo intelecto, experiência, força e coragem em uma carreira de serviço público quase contínuo, frequentemente como a primeira e única mulher na arena.”
“Ao longo de oito anos no senado e quatro anos como secretária de Estado, ela construiu uma reputação de determinação e colaboração bipartidária.”
“Um de seus maiores feitos como primeira dama foi o famoso discurso em Pequim, em 1995, declarando que direitos das mulheres eram direitos humanos. Depois da tentativa fracassada de revisão do sistema nacional de saúde, ela esteve por trás da legislação para estabelecer o Programa de seguro de saúde para crianças que agora dá amparo a mais de 8 milhões de jovens de baixa renda. ” ( Nota : Como primeira dama, sua maior iniciativa, o Plano de assistência médica de Clinton de 1993, não conseguiu reunir apoio político necessário para ser aprovado. Em 1997 e 1999, desempenhou um papel de liderança na defesa da criação do Programa de Seguro de Saúde para Crianças, da Lei da Adoção e da Segurança Familiar e da Lei dos Adotivos Independentes. )
“Depois de se opor à concessão de licenças de motorista para imigrantes sem documentação, ela agora se compromete, como presidente, a pressionar por uma legislação mais compreensiva para os imigrantes sem documentação, mas obedientes à lei, para protegê-los da deportação e da detenção cruéis.”
“Como secretária de Estado ela foi responsável por reparar a credibilidade americana depois de oito anos de uma política unilateral da administração Bush. Apesar de também responsável por alguns fracassos na política externa de Obama, notadamente na Líbia, seus feitos são substanciais.”
“Ela lutou por dinheiro para fazendeiros, hospitais, pequenos negócios e projetos ambientais.”
O jornal finaliza colocando que : “Através da guerra e da recessão, os americanos nascidos a partir do 11 de setembro, cresceram rápido e eles merecem um presidente “adulto” ( they deserve a grown-up president ). Toda uma vida comprometida em resolver problemas no mundo real qualificam Hillary Clinton para esse trabalho.
O NYT ressalta que não escolhe Hillary por seu adversário ser quem é e sim por ela mesma e suas qualidades. Seria uma grande passo para a humanidade que uma mulher pudesse presidir uma país como os Estados Unidos, ainda mais por sua notada competência e dedicação à vida pública. Estamos torcendo !