O glúten, tão em debate hoje em dia, é uma proteína presente em muitos cereais, entre eles o trigo, o centeio e a cevada. É essa proteína que confere a elasticidade na confecção dos pães e, curiosamente, a palavra de origem latina, gluten, significa cola.
Nos últimos anos, o glúten tem sido apontado como o novo vilão das dietas. Junto com a lactose, atribui-se ao glúten um mau funcionamento do aparelho digestivo, a formação de gases, a prisão de ventre ou à síndrome do intestino irritável.
Pesquisas mais recentes dão conta de que o glúten afeta não apenas o aparelho digestivo, mas também tem consequências negativas nas articulações, cérebro e pele.
Apesar de apenas de 1 a 2% da população mundial ser “celíaca” ( nome dado aos que não conseguem metabolizar a proteína e seriam portanto alérgicos ), pesquisas atuais calculam que 81% da população possui algum nível sensibilidade ao glúten, produzindo assim anticorpos para alguns de seus derivados.
O glúten seria também responsável pelo aumento no organismo de uma proteína chamada zonulin. Esse aumento tornaria as células intestinais mais permeáveis, causando a síndrome do cólon irritável, o aumento das toxinas e ainda a permeabilidade da barreira hemato-encefálica, tornando o cérebro cronicamente inflamado. Isso poderia causar não apenas distúrbios emocionais como ansiedade e depressão, como em última análise poderia contribuir para doenças neuro-degenerativas, como o Alzheimer e o mal de Parkinson.
Os que defendem que o glúten seja abolido da mesa, inclusive como aliado na perda de peso, argumentam que em maior ou menor grau, todos teríamos algum grau de sensibilidade à proteína, e que na alimentação atual o glúten tornou-se muito mais utilizado do que foi no passado.
Indivíduos que se abstém da proteína sentiriam, entre outros benefícios a diminuição do inchaço, melhoria na função cerebral, no nível de energia, imunidade e até mesmo nos níveis de dor.
É possível fazer um teste por algumas semanas para sentir quais as mudanças acontecem no organismo sem o glúten. Isso inclui tirar da dieta pães e massas (incluindo os integrais), cerveja e todos os alimentos que contém a advertência “contém glúten”. As farinhas de trigo podem ser substituídas por farinha de mandioca, arroz, etc… No entanto, sempre que retiramos algum alimento da dieta é importante que isso seja feito com a supervisão de um médico ou nutricionista. Se é para melhora da saúde vale a pena tentar ! Mas é sempre bom lembrar que cada organismo é único e o que funciona de uma forma para uns pode funcionar da forma oposta para outros.
Fonte : www.organiclifestylemagazine.com/how-gluten-can-affect-your-brain-gut-and-skin