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Lembranças de amores reais
..."Deus do universo, Afrodite, Vênus ou quem quer que seja que criou o amor no mundo, o amor de alma o amor recíproco, quantos tipos de amor existem? Alguém tem catalogado isso nos pergaminhos da nossa passagem por aqui?"...

Ainda continuo por aqui perdido em mil versões de mim mesmo e em todas elas, você.

Hoje queria só fechar meus olhos e sonhar com um belo lugar que no mundo, até hoje não fui capaz de achar. Almejar as mais belas coisas que me colocassem em fase beta, perceber outras coisas além de você, entende? Mas, impossível!

Não, definitivamente não sei lidar com isso, será que um dia qualquer o tempo irá abrir algum portal permitindo tocar aos céus e enfrentar toda as correntezas deste medo? Essas dúvidas, esses traumas de nunca ser capaz de me chegar até você? Só hoje, não queria que meu medo me impedisse de ser capaz de te conquistar.

Sabe, eu precisaria de uma única chance eu confesso, pois, a vida é curta demais para esperar e eu estou apavorado em vê-lo passar tão rápido, não se alivia estas coisas que nós mesmos temos de conquistar. Minhas tentativas ainda são tímidas, se fossem chaves para abrir teu coração, já as usei todas! Talvez me restasse agora apenas bater a tua porta, de mãos nuas e joelhos em face a tua beleza.

Ah! Por Deus, lembranças de amores reais. Não! Não acredito que tenha alguém em todo este universo que me desperte tanto amor quanto você! Como é desesperador estar longe de você, tê-la no mesmo espaço cósmico que eu, e não em meus braços.

Será que você nem desconfia o tamanho do meu amor por ti? E eu sei que você ao menos sabe disso, mas me tortura assim mesmo. Porque? Sei que você é mais forte que eu, porque não me facilita? Por acaso sentes prazer em eu ser tua reserva particular? Teu escravo ou um admirador qualquer? Não é possível que tenhas tamanha ousadia!

Poxa Pai! Deus do universo, Afrodite, Vênus ou quem quer que seja que criou o amor no mundo, o amor de alma o amor recíproco, quantos tipos de amor existem? Alguém tem catalogado isso nos pergaminhos da nossa passagem por aqui?

Estou doente, farto! Meus olhos lacrimejam o tempo todo ao ver tuas fotos, ao sentir seu perfume, amo você, amo mesmo e não abro mão. Sabe de uma coisa é tão verdadeiro que o céu todo é testemunha.

Alguém como você me oferece mais do que sua aparência, acredite, isto te prova que não é paixonite de adolescente, mas, amor de verdade! Pois você é capaz de me oferecer seu coração, pois aceito você como você é exatamente. Na medida certa, perfeita aos olhos do criador.

Sabe, o Criador quando cria suas obras primas, com as próprias mãos, algum resquício fica em seus olhos, nas mãos, na roupa, quando gente apaixonado como eu cria alguém com o coração, os resquícios estão por todas as paredes do meu coração e por todos meus pensamentos.

Que espécie de artista sou que criei tamanha criatura desejada, isolei-te em meu coração, não, não é ficção, é lembrança de amor real. Por isso cada lembrança tua, teus beijos, o brilho dos teus olhos, teus cabelos, seu toque, sua voz, sua rizada… tenho uma coleção delas no meu coração, milhares de lembranças, de momentos fantásticos.

Chega a dar uma tremedeira, um nó na barriga! Só quem ama pode explicar. Que cheiro gostoso você tem, você é meu vício constante, mas sou paciente e aguardo teu tempo, só espero que o tempo não esqueça de prolongar nossos anos juntos em uma história de amor, por compensação de todo esse tempo que eu aguardo você estar juntinho a mim.

Lembranças de amores reais, alguém ainda vive um? Me diga! Como se faz para libertar um coração aclamado por alguém? Como podemos viver uma vida dupla, ter alguém, viver alguém, dividir espaços físicos se o coração ficou lá, em alguma data de dois anos atrás?

Este conto é inspirado em uma história real, ainda sem solução. De um grande amigo que se casou e ainda tem uma história não resolvida por alguém, ela, também se casou-se, ambos têm filhos. Duas pequenas chamas, em lugares diferentes, tão longe e, tão pertos. Cada qual, assoprando sua brasa que aquece seu coração, dia após dia…


por Robson Joaquim