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Por Deus! Eu vou te contar
Ainda tenho tanto a aprender com suas palavras, sua calma, mansidão de uma alma angelical, afinal sempre há uma beleza extraordinária, oculta, ao nosso apressado olhar…

Simplesmente apaixonante este teu jeito doce, meigo, banhado de sabedoria e experiência de vida, ah! Quem sou eu com todo esse ar de superioridade e orgulho que num sopro se vai? Onde fica todo meu espírito aventureiro e independente? Diplomas e mais condecorações que somem, evaporam agarrados junto ao vento da sala. De uma coisa sei, diante de tí sou o mais dos miseráveis do mundo.

Por Deus, eu vou te contar.Estar aos seus braços quando mais preciso é o lugar mais protetor que consigo encontrar no mundo. Sabe! Mesmo não conseguindo firmar uma sílaba sequer, mas você conhece este meu palpitar de um coração chateado e pisoteado pela vida, confuso e até mesmo perdido em meio a tantas novidades à frente, a voz não sai, bem que tento, mas não sai. Em compensação lagrimas efervescente teimam a encharcam os olhos em frações de segundo, a garganta trava, queima, o coração palpita. Pobre menino você diz, com a calma de quem já viveu e descobriu o segredo da vida, este que me parece inatingível em pouco menos de um século. Há se pudesse ter dentro de mim essa sua experiência, esse antídoto contra tantas malevolências do mundo, será que um dia tu já precisaste tanto do conselho de alguém assim como eu?

Pois eu te digo a importância que tens na minha vida. És capaz de apenas um único olhar como este que me olhas agora, me fazer perceber quem eu sou de verdade no mundo onde sou só apenas mais um, me faz restaurar meus os caminhos. Tudo parece simples diante de tuas palavras, apenas escuto seus conselhos, meu Deus eu tenho tanto a aprender. Esta calmaria de que eu preciso na vida, Só agora percebo que ela se torna perfeita na sua pura intimidade quando na verdade já estamos calejados de tanto apanhar, de cair e levantar sacudindo tudo, agradecendo mais e pedindo menos, mas eu te falo uma coisa minha Mãe, dói viu, ah! Se dói!

Não é questão de modernidade distanciar-se, nem por viver em outra época. Não mãe, nada disso! Apenas pensamos que somos fortes por poder andar com as próprias pernas, sem necessidade de se equilibrar em suas mãos, de voar livremente no pensamento, mas os tombos que temos na vida agora já são outros, doem mais que aquelas batidas em quinas de móveis pode ter certeza, vem de dentro. E essa lição mãe, me perdoe mais não dei a devida importância quando devia.

O mundo aqui fora é cruel e por isso sempre recorrerei a ti, em sua plenitude santíssima, minha fonte de vida essência da minha alma. Você se abre quando me tem em suas mãos, me mostra possibilidades ao impossível, me faz enxergar respostas tão óbvias e com palavras tão doces e sábias, mas tão sábias que os pássaros reproduzem seu falar a uma melodia tão leve quanto à de uma valsa. Mesmo já me classificando por velho, ainda tenho tanto a aprender com suas palavras, sua calma e mansidão de uma alma angelical, afinal sempre há uma beleza extraordinária, oculta, ao nosso apressado olhar…

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