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Uma afeição passa de vida a outra
Sempre foi você, meu melhor jeito de ver o mundo

Quando a gente se apaixona, vira bobo mesmo, despercebido, estúpido! Capaz de atravessar a rua sem olhar aos lados, pisa na poça d’água à frente, pernas travam os passos são demasiadamente curtos, pesados como se quisessem te fazer dar meia volta o pescoço não vira e tentamos andar como meros normais, porém com a dificuldade de quem tomou aquele porre.

Essa conexão de almas é rara, só quem já provou sabe o que é você não tem febre, nem dor, mas dói e muito, falta-te ar, a visão parece mais colorida, alta resolução! O segredo sempre nos detalhes, desde sua respiração, o brilho dos olhos, o jeito com que ajeita o cabelo atrás da orelha, aquela olhadinha para os lados quando pensativa, e daí se teus ombros são caídos, amo! Por isso não te desista de procurá-la está em algum lugar ai fora, saberás quando te corresponder, uma coisa te digo é real e está no sabor do beijo, no brilho do olhar, a paz e calmaria à alma por experimentar o olhar puro e angelical do amor.

É possível um sentimento tão puro não ser correspondido? Um coração duro e gelado não te escutar? Será que não sentes as batidas que dou nas paredes do coração, os alardes dos sinos e eu com a boca seca gritando por você da janela? Não percebes que aquele pocinho dos olhos se transborda quanto te vê? Sim, é possível, é mais um dos mistérios da vida. Talvez aquele coração tenha por teimosia encontrado alguém na vida cujo coração que não lhe dê a menor importância, bem-feito! Não me escutas! Toma-te juízo, não sofras tanto. Tenho certeza que ainda aprenderás algum dia que atrações físicas são comuns, já as conexões sentimentais são raras.

O amor o mais desejado dos sentimentos não há fórmulas, dizem que é no fogo que se prova o valor do ouro, só o amor é o amor e vice-versa, durante toda sua existência fora caçado, espancado, ensanguentado por uma simples cor de pele, separados por alguns míseros cifrões, por não ter o sobrenome de renome, anjo míope, flechas lançadas à sorte! Infelizmente o mundo acredita nesta bobagem de que o amor é cego!

Saiba que uma grande afeição passa de vida a outra, por isso soube quando te vi angelical, me acompanhando nesta jornada terrena, peso e contrapeso, um par de asas para voarmos em nossos sonhos bobos, conquistar nosso cantinho, cavaleiro e donzela, cravo e canela, chocolate e pimenta alquimia perfeita transformando tudo em amor. Sempre foi você, meu melhor jeito de ver o mundo, nem mesmo aquele cantinho do banco da praça em que nos conhecemos, nem as declamações feitas em nossa árvore secreta, apagaram-me aquela imagem de quando está sorrindo e repara que eu a observo, transferindo o sorriso gentil e doce para os olhos e eu os leio perfeitamente o que estás a me dizer no olhar:

– Por Deus, como eu te amo!