Dentre tantas obras espetaculares, dentre tantos epitáfios tocantes, esse foi o que mais me chamou a atenção e certamente comoveu.
“Ao adorado Álvaro. Meu inesquecível filho, carinhoso e santo.
Faz já dois annos que morreste filho.
Dois longos annos sem jamais te ver!
Filho querido, que deixaste o mundo,
E os meus carinhos, para aqui jazer!
Oh! Tu deixaste tua mãe tão cedo!
Trocaste a vida pelo frio chão.
Eu só queria que pudesse ainda
Cingir-te, filho, junto ao coração!
Eu só queria que pudesse, filho,
Voar alegre para a eternidade,
E lá risonha, como branca estrella,
Seguir-te comtigo pela immensidade!
25-09-1921.
Tua desventurada mãe, de eterna saudade pungida.”
No jazigo consta apenas o nome de Álvaro, nascido em 13.05.1899 e falecido na plenitude de sua vida, em 25.09.1919.
Cemitério da Consolação
Nota do editor: Não afirmo aqui a “causa-mortis” do jovem Álvaro, mas uma possibilidade existe.
Em 1918, a cidade de São Paulo foi assolada pela epidemia de Gripe Espanhola, que foi responsável pela morte de aproximadamente 1% de toda a população paulistana em 1918, estimada então em 523.196 habitantes. Até hoje existem dúvidas a respeito do verdadeiro número de óbitos atribuídos à gripe.¹