Bom Dia!
Fachada do antigo Cotonifício Crespi, na rua Taquari, um pouco antes do início da Paes de Barros.
O cotonifício foi fundado em 1897 pelo imigrante italiano Rodolfo Crespi e tornou-se uma das maiores fabricas de São Paulo nos anos anteriores à Primeira Guerra. A construção do edifício se iniciou em 1898, com uma área industrial de 50.000 m² e 3000 cavalos de força movidos à eletricidade, a fabrica foi um dos primeiros e maiores clientes da São Paulo Tramway, Light and Power Co.
Projetado pelo arquiteto italiano Giovanni Battista Bianchi, tornou-se um relevante patrimônio cultural dos primórdios da era industrial de São Paulo devido à sua arquitetura, e também foi representativo da própria história da industrialização e de suas relações de trabalho na cidade de São Paulo, tendo servido de estopim para as greves de 1917, uma das as primeiras, e ainda a mais violenta, dentre as greves já havidas no Brasil.
O cotonifício tornou-se o maior empregador da Moóca, seus operários fundaram em 1924 o Juventus Esporte Clube, até hoje o maior do bairro. No mesmo ano a fabrica foi pesadamente bombardeada por aviação militar do Governo Federal por causa da rebelião dos tenentes na chamada de “Revolução de 1924”, quando tropas federais sitiaram São Paulo, ocupada pelos tenentes.
A empresa passou por longos períodos de grande prosperidade e só começou a enfrentar dificuldades na década de 1950, devido a seus equipamentos terem ficado obsoletos. Fechou em 1963. O prédio ficou abandonado por anos, até que em 2003, a rede de hipermercados Extra, adquiriu o imóvel e quase o demoliu, sendo necessária intervenção do DPH e do Ministério Público na questão. Apenas sua facha foi preservada.
Fontes:
http://www.pt.wikipedia.org/wiki/Cotonifício_Rodolfo_Crespi
http://jornalggn.com.br/…/a-historia-do-cotonificio…