Quando você, fã de séries, ouve a palavra “friends” é impossível ficar imune. Talvez por isso já tenha ouvido comparações (descabidas por sinal) da nova série “Friends from College” com a série “Friends”, um ícone da era moderna quando se fala de televisão. Série “prediletíssima” de boa parte dos telespectadores, ela em nada tem a ver com a nova série da Netflix, que garantiu a produção da segunda temporada para alívio dos que gostaram e desconforto dos que torceram o nariz pra série.
“Friends from College” conta com ótimos atores e praticamente todos já velhos conhecidos de séries anteriores ou até filmes do cinema (Fred Savage de Anos Incríveis e Cobie Smulders de “How I Met Your Mother”). Em comum com Friends, entre os protagonistas temos três homens e três mulheres.
São eles: Ethan Turner (Keegan-Michael Key), Max Adler ( Fred Savage), Nick (Nat Faxon), Sam (Annie Parisse), Marianne (Jae Suh Park) e Lisa Turner (Cobie Smulders).
A coincidência para por aí. A série nada tem a ver com Friends e isso é ótimo.
Todos eles têm já seus quarenta anos de idade, e se a amizade da época de faculdade permaneceu, ao que tudo indica os costumes também. A série deixa claro que todos parecem pensar que tem seus 20 e poucos anos ainda. Mal resolvidos, seja em suas profissões ou em suas vidas pessoais, todos veem a alegria do convívio em grupo, situações que são muito mais colegiais do que qualquer outra coisa.
Os casos extraconjugais, a falta de responsabilidade em várias situações e as traições entre os próprios amigos são patentes o tempo todo, o que amigos de verdade não fariam, claro.
Uma série adulta de comédia que tem momentos engraçados sim, mas em medida menor do que situações reais que causam desconforto em quem imaginava algo diferente, especialmente pela palavra “Friends” no título. A vida real que mostra falhas de caráter, dificuldade de alguns em conviver e aceitar a fase adulta, e, as responsabilidades que a acompanham são muito presentes na série, mostrando amigos de faculdade que se recusam a crescer e talvez só continuem amigos justamente nesse âmbito, como se todos ainda vivessem dentro de uma “fraternidade”.
Uma boa série para se ver sem expectativas. Especialmente em relação ao nome.