500 mulheres são vítimas de agressão a cada hora no Brasil.
A cada 11 minutos um estupro ocorre no Brasil.
A cada dez mulheres oito sofreram assédio.
A lista pode continuar e continuar, especialmente visto que existem números silenciosos ou melhor dizendo silenciados. As que apanham e nunca se manifestam, as que podem até ter apanhado por anos até a morte do cônjuge e nunca falarão pela vergonha ou incompreensão de que isso não e jamais será algo a se esconder.
Um mundo ideal teria, como mais que batido por todo ser humano consciente e esclarecido, igualdade de remuneração entres sexos, igualdade de divisão de tarefas, não haveria assédio, não haveria agressão à mulher e tudo mais que vemos hoje em dia. O que há para comemorar no dia da mulher?
Há para comemorar um dia da mulher futuro, quem sabe no dia 8 de março de 2117, quando essas conquistas virão, através do entendimento que as diferenças para o homem não justificam nada do que foi reclamado acima. Que a mulher, por mais óbvio e mais óbvio e por fim MAIS óbvio que seja, é responsável pela geração de vidas e portanto pela continuação da humanidade.
A mulher deve ser celebrada no dia de hoje. Deixemos de lado quem não entende isso e que precisa de anos e anos de reencarnação (pra quem acredita nisso) e celebremos nós mulheres e homens que sabem o valor e quão únicas são as qualidades, as nuances, as experiências do sexo feminino, que sabe prezar e dar valor à vida muito mais do que os homens, como as próprias estatísticas mostram.
Que o dia 8 de março seja num futuro próximo o dia 9, dia 10 dia 11 de março, abril, maio, junho e por todo resto de nossa história.
Que o que hoje é uma utopia seja a naturalidade do nosso dia a dia. Que a realidade triste de hoje seja apenas um passado distante no amanhã.
Que por fim o dia 8 de março de 2017 seja o dia de pensar e refletir como possamos mudar a realidade, ainda triste, dos dias de hoje