André Jardine chegou ao São Paulo em fevereiro de 2015. Chegou para assumir o sub-20 são paulino. Gaúcho e com histórico de 10 anos no time do Internacional (RS) ele já tinha nada mais nada menos 30 títulos em categorias de base. De categorias que iam de sub-11 a sub-20.
Chegou ao clube com uma estrutura, na teoria, que se encontra entre as melhores do mundo para jogadores de base. Cotia, ou o Centro de Formação de Atletas Presidente Laudo Natel, é referência internacional na formação de atletas. Erguido em um amplo terreno de 220 mil metros quadrados, o centro traz aos jogadores acompanhamento pedagógico, médico e odontológico e mantém convênios com escolas da região, garantindo o acesso dos jovens à educação e acompanhando o desempenho escolar de cada atleta, que tem à sua disposição atendimento individualizado e aulas de reforço.
Com histórico de revelação de atletas e com a estrutura que oferece, o time do São Paulo caiu como uma luva para o profissional André Jardine. Mas acima de tudo, André jardine foi fundamental para deslanchar de vez o trabalho de Cotia no São Paulo. Por quê?
André Jardine vê, como muitos, o que acomete um jogador em começo de carreira. A marra de estar num grande clube. O vislumbre de uma grande carreira que pode trazer tudo e um pouco mais para um garoto e sua família. Tudo que pode, dependendo da cabeça de um garoto ainda não formado como homem, acabar de vez com as chances desse futuro promissor. Não é incomum nem raro que um garoto nessa idade, tratado a pão de ló, se torne fraco por não saber encarar os desafios que para essa fase da vida são difíceis pela falta de maturidade.
André Jardine corrige, como poucos, os vícios de comportamento que entram na cabeça do jogador de um clube grande. Em sua preleção é possível ouvir a frase “O diabo mora no ego de cada um”. Após mais um título em 2016 (foram seis títulos desde que chegou, incluindo uma libertadores), ele disse: “Humildade e fome de vitória, segredo do sucesso.”
O contra ponto e os pés no chão de André são fundamentais para o sucesso dos meninos do São Paulo. Foi possível ouvir David Neres no começo do ano passado, atacante do sub-20, dizer não estar pronto para o profissional. Hoje o mesmo é presença certa entre o time titular e esperança da torcida para 2017.
André Jardine é um talento a ser lapidado. Sim, como um jogador de base que deve ser preparado para o profissional, algo que ele faz com maestria, André deve ser valorizado e preparado para um dia assumir o profissional do São Paulo. Já que além de ter feito todos colocarem os pés no chão, sua competência dentro de campo já está mais do que provada.