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Destaque aqui, destaque lá fora?
A safra de jogadores no Brasil indica que cada vez menos isso acontece.

O jogador que se destaca em um time pequeno e é contratado por um time grande nem sempre consegue repetir tal desempenho. Muitas coisas influenciam no modo de jogar de um atleta profissional: extra campo, lesões, confiança, adaptação ao clube e as vezes ao país, entre muitas outras coisas.

Está cada dia mais difícil encontrar promessas que viram realidade. Depois de Neymar, o nome mais próximo é Gabriel Jesus agora, titular da seleção brasileira principal, mas será que o jogador terá o mesmo desempenho na Europa?

A carreira de um grande jogador tem três grandes desafios que são: sair das categorias de base para se profissionalizar, se destacar no profissional e depois manter o nível na Europa.

Quando o jogador é considerado muito bom tecnicamente espera-se que ele evolua gradativamente. E essa evolução nem sempre ocorre. Temos milhares de exemplos no futebol brasileiro de jogadores que se destacam na categoria de base e não conseguem jogar no profissional. Outros milhares vem de times menores, já profissionais e com certo destaque, para times grandes mas “a camisa pesa” e o “bom e barato” acaba saindo caro.

A super inflação e a falta de qualidade no futebol brasileiro acaba colocando jogadores comuns no patamar de craques. Ganso, Lucas Lima, Cleiton Xavier e Paulinho são apenas quatro exemplos dos nossos craques que não tem espaço na Europa.

O primeiro surgiu no Santos, jovem e inteligente, é o único dos quatro que ainda tem chances de mostrar um bom futebol em terras europeias, mas mesmo assim não é o jogador tão esperado que todos acreditavam um que um dia viria a ser. Lucas Lima que se destacou no Sport dos 23 anos, estava emprestado pelo Internacional, logo foi considerado craque e foi pro Santos. Continua jogando em “alto nível” mas abre janela, fecha janela e nenhuma proposta da Europa chega. Cleiton Xavier apareceu no Figueirense, foi comprado pelo Palmeiras e fez um grande campeonato, logo foi vendido, pra Ucrânia. Hoje é reserva no Palmeiras e não empolga. O último deu títulos inéditos ao Corinthians, virou o desejo do futebol mundial, acabou indo pro Tottenham mas caiu muito de rendimento e acabou no futebol chinês.

Todos esses exemplos de carreiras acontecem frequentemente no futebol brasileiro. A falta de qualidade é nítida, a valorização do dinheiro no meio desvaloriza extremamente o futebol. Enquanto isso a ilusão de que bons jogadores são craques, continua.