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Improvável, mas seria digno dos filmes
Liderança da Chapecoense faz o inconsciente coletivo sonhar com um título

O acidente que chocou o mundo e comoveu a todos um ano atrás ainda está na memória de todos. Quando um time inteiro morre em um acidente de avião, a comoção realmente é geral. Nunca se é esquecido.
Chapecó ficou no mapa do mundo de forma definitiva, infelizmente por um desastre e não por outro motivo qualquer (sendo justos, hoje em dia muitos lugares entram de vez pra história por desastres, naturais ou pela ignorância do homem).

Reconstrução. Sim, essa palavra é a única que existe e pode existir para um time de futebol despedaçado pelo destino. Vagner Mancini tem um bom histórico de trabalho. Resultados ou não, é um profissional sério, que trabalha arduamente. Hoje tem um time modesto nas mãos. Na vitória com V maiúsculo contra o Cruzeiro neste 04/06/2017 no Mineirão tinha: Jandrei, Apodi, Douglas Grolli, Victor Ramos, Reinaldo, Girotto, Luiz Antônio, Seijas (Nadson), Rossi, Wellington Paulista (Túlio de Melo) e Artur Caike (Osman). Até o zagueiro pivô da briga judicial que o Inter protagonizou está no time. E o rodado Wellington Paulista também. Como se vê, nada especial. Nenhum jogador consagrado. A Chapecoense não tem o poder financeiro do Flamengo ou da Crefisa no Palmeiras. A mídia que tem um Corinthians por exemplo. Ou mesmo o poder nos bastidores que outros times tem.

A realidade da chapecoense é fazer um brasileirão digno. Foi eliminada da Libertadores por um erro administrativo. Erro normal, pra quem ainda vive uma história recente dolorosa.

Fazer um brasileirão digno é estar entre os dez primeiros, mesmo com um time inteiro refeito. Refeito com a mentalidade do time. Que acreditamos ser de doação, de comprometimento mais que 100% e acima de tudo respeito pela história do clube. Jogador que não fizer isso dificilmente estará no time, destoará do resto.

Mas a história das primeiras quatro rodadas parece mostrar algo ainda melhor. Claro, é cedo para falar. Mas liderar o campeonato já tendo enfrentado Corinthians e Cruzeiro, ambos fora de casa, não é algo a se descartar com menosprezo. Merece respeito.

Pra os torcedores dos outros times, nenhum outro foi a segunda camisa como será a Chapecoense. No fundo de cada coração torcedor existe a certeza que um brasileiro, mesmo que improvável, com a Chape campeã, seria tão bonito quanto ver o próprio time de coração ser campeão. A emoção tomaria ( ou tomará) conta da alma mais fanática, que não resistirá ao aplaudir de pé a Chapecoense.
Não só cedo, mas pouco provável de se realizar, a não ser nas mentes dos mais otimistas ou fãs de filmes de Hollywood. Mas que seria sensacional seria. Ou será?

Respostas (1)
Resposta de Klau Kalinin
Menos de três meses depois já temos a resposta de tudo isso. E o sonho, ficará só em nossas cabeças. Infelizmente, o previsível aconteceu. Na rodada seguinte (5ª) a Chape foi ultrapassada pelo Corinthians e daí pra frente entrou em decadência. Vagner Mancini foi demitido na 11ª rodada após seis jogos sem vitória (uma injustiça enorme devido as condições que o técnico aceitou comandar o time), Vinicius Eutrópio assumiu, mas não arrumou o time, e com a derrota para…