Rogério foi a tábua de salvação de Leco, presidente reeleito para presidência do São Paulo e que assim continuará seu sonho de ser “o melhor presidente da história do clube”. Com o ex goleiro, o presidente tem uma espécie de escudo para tempestades dentro das quatro linhas. Com respeito infinito de boa parte da torcida, o técnico tem costas muito mais quentes que qualquer outro treinador que por lá já passou, incluindo o tri campeão brasileiro Muricy, que tinha a antipatia do atual presidente.
E após a terceira eliminação seguida do São Paulo, o que irá acontecer?
O São Paulo jogou um futebol pífio contra um time argentino que é 14° no campeonato no próprio país. Enquanto o adversário parecia se multiplicar em campo, o São Paulo parecia que tinha 6 ou 7 jogadores no máximo. Time sem compactação, espaçado e com um vigor de dar inveja ao Garfield. Sem contar os eternos Lucão e Neilton (esse um eterno mais recente), que dificilmente podem ter justificadas suas presenças. Rogério não foi capaz de fazer o beabá. O arroz com feijão. Não há justificativa para um time com Cueva, Pratto, Rodrigo Caio e Jucilei ser eliminado por um time sem estrelas e sem ao menos jogadores habilidosos. Em pleno Morumbi. A única explicação é a mais óbvia: ganhou a tática mais bem aplicada. Com 8 atrás da bola, algo tão antigo vindo da América do Sul quanto o próprio futebol, O Defensa y Justicia simplesmente não sofreu. O goleiro pouco sujou a camisa. Já o São Paulo foi uma bagunça total. Depois de nada mais que 18 dias para treinar, voltou pior.
Rogério enfrenta sua terceira eliminação com um futebol que piorou desde a primeira. Aliás, no começo mostrava um futebol ofensivo com problemas defensivos. Hoje mostra um time com os mesmos problemas defensivos e sem poder de fogo algum, piorando depois da chegada de Pratto, ótimo jogador por sinal. Sem contar que o time é o segundo em números de contusões. Inexperiente e com histórico de pouca assumpção de mea culpa, Rogério precisa rever conceitos e o próprio comportamento para melhorar. Tem um time para não fazer feio no campeonato brasileiro e lutar para ficar com uma vaga na Libertadores com um sexto lugar talvez.
A única explicação é a mais óbvia: ganhou a tática mais bem aplicada. Com 8 atrás da bola, algo tão antigo vindo da América do Sul quanto o próprio futebol, O Defensa y Justicia simplesmente não sofreu.
Com todo respaldo que tem do novo diretor e de Leco, parece que terá o tempo necessário para rever seus conceitos e fazer o time melhorar. A questão é: vai assumir a culpa e fazer uma reciclagem? Impossível saber. Inteligência para tanto tem de sobra. Já a teimosia talvez o atrapalhe.
Resta saber também quanto tempo essa “blindagem”, de boa parte da torcida, sobreviverá. Mito ou não, pra torcida é melhor ver um zé ninguém que faça o time ganhar do ver o time sofrer e passar vergonha em sua própria casa na mão de um dos maiores ídolos de sua história