Leio muito em redes sociais jovens profissionais se queixando dos clientes que demoram a aprovar o serviço até os caloteiros de plantão.
Como todos que estão no mercado tem histórias dessas pra contar, vez venho aqui indicar algumas boas práticas do mercado pra evitar esses problemas, baseado em situações recorrentes:
Passar seriedade e profissionalismo é o primeiro degrau no atendimento sem estresses. isso se traduz em:
Colocar o serviço por escrito e só iniciar com sinal (em torno de 50%) – é o básico.
Sem isso você está se nivelando à loja da esquina que atende por ordem de chegada, na hora que o cliente chega e entrega coisas que estão sempre prontas.
Nada contra quem atua nesse mercado, mas serviços personalizados (com projeto) demandam algum tempo para serem feitos, portanto as coisas devem ser formalizadas pra evitar ruídos na comunicação, ao longo do tempo.
Definir políticas de trabalho.
Por exemplo, se você tem contas a pagar todo início de mês e não pode diluir o custo de ficar aprovando um trabalho por mais de 30 dias entre outros trabalhos (você é autônomo que trabalha sozinho ou com colaboradores remunerados mas sem vínculo nem regularidade), defina que aprovações com mais de 15 dias ou que atravessem um mês devem ter o pagamento do restante do serviço.
Se a aprovação virou o mês e cliente já deu sinal, deve pagar o restante, ou a próxima parcela do serviço, se tiver mais de duas parcelas.
Ter um plano de negócios: definir como você vai atuar no mercado de trabalho – como empregado, autônomo ou empreendedor/empresário.
Pessoa física ou jurídica.
Com ou sem colaboradores, fixos ou eventuais.
Oferecendo produtos/serviços personalizados (com projeto) ou já prontos.
Atendimento no mesmo dia ou dentro de um período.
Essas diretrizes irão definir como você vai se apresentar no mercado de trabalho e qual será sua remuneração.
Ser psicólogo no trato com o cliente.
Assim como o modo de se vestir, falar ou comportar falam muito sobre a pessoa, o cliente difícil dá seus sinais durante os primeiros contatos, seja pedindo coisas fora do acordado (que deve ser por escrito, certo?), no modo desleixado ou agressivo de falar, ou nas cobranças que faz sem se preocupar em dar o bom exemplo, antes.
Isso inclui ter em mente que trabalho e amizades não andam necessariamente juntos, até porque, nesse caso, parafraseando David O’gilvy (Livro Confissões de um publicitário) quando tiver de terminar uma amizade, perde-se a amizade e o cliente.
Ou seja: trabalho para amigos, parentes, conhecidos e vizinhos não devem ter como objetivo o dinheiro: essas pessoas esperam de você algo acima da média, por um preço abaixo da média, por conta do parentesco ou amizade.
Enfim, esse assunto é longo, teria mais a acrescentar, mas creio que esses tópicos são relevantes para profissionais recém-formados ou pessoas que precisem rever suas políticas de trabalho.