Rogério Ceni foi um grande ídolo no time do São Paulo. E mesmo como jogador, tinha restrições às vezes dentro da própria torcida. Muitos, pela questão da discutida empáfia que possuiria ou ainda possui na opinião dos detratores. Vencedor máximo na história do São Paulo Futebol Clube, ele colecionou críticas e desafetos durante a carreira.
Não é necessário grande memória pra se lembrar da gafe de Milton Leite ao chamar Rogério de chato pra cacete ou da praticamente extinta Milly Lacombe (como jornalista esportiva) afirmando de forma veemente que ele forjara uma oferta pra conseguir aumento de salário no clube. Essas apenas algumas das desavenças ou críticas contra Rogério.
Pessoas com personalidade forte não deixam os outros incólumes à sua presença. E Rogério não é diferente de ninguém com forte personalidade. Sem papas na língua e muitas vezes defensivo, sempre teve sérias dificuldades em assumir erros. Tudo isso somado à carreira vitoriosa tornaram o ídolo uma verdadeira personalidade insuportável para os torcedores adversários e porque não para parte mais fanática da imprensa que tenta esconder seu time de coração mas chega quase a ir pro jogo com a camisa deste mesmo por baixo do uniforme de trabalho.
Usado como escudo para a gestão do atual presidente, ele sai escorraçado do clube em que fez história como poucos profissionais atuais no Brasil. Pra felicidade de muitos, especialmente torcedores adversários que o odeiam e pra certos profissionais da imprensa ele sai com aproveitamento pífio.
Rogério não merecia estar como técnico do São Paulo. Não se preparou pra isso. Simples assim. Todos exemplos de ex jogadores na Europa mostram preparo em times B e assim por diante. Mas não foi ele que colocou uma arma na cabeça dos diretores do São Paulo pra fazer parte da comissão técnica. Foram os diretores que o chamaram.
No fim Rogério sai com amarga experiência. Impossível saber se aprenderá com seus erros e com o tratamento recebido no clube para o qual tanto se dedicou. O que se sabe é que sua saída é a satisfação de muitos que o odeiam e que ficaram radiantes com seu primeiro fracasso. E sabe-se que para o futebol é bem infeliz o desfecho dessa primeira experiência de Rogério como técnico. O Brasil precisa de caras novas e competentes. Quanto maior a quantidade, melhor. E uma pessoa inteligente, com cultura acima da média e trabalhadora como Rogério seria um ótimo novo padrão para este combalido país do futebol.