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3 recomendam1 min10 de abril de 2014 3 minutos de leituraA quem possa interessar!?Não sou muito legal. Só quando quero. Depois que aprendi o quanto dizer 'não' faz bem...Não sou muito legal. Só quando quero. Depois que aprendi o quanto dizer ‘não’ faz bem, não consigo mais dizer ‘sim’ apenas pra agradar os outros. Desconfio que eu seja uma pessoa quase insuportável, pois, quando não quero conversar, me irrito com pessoas insistentes. Também coloco pra correr qualquer um que venha com conversas que não seja do meu interesse. Não é chatice, sabe? É só uma mania que tenho de selecionar quais assuntos merecem ou não o empenho dos meus neurônios. Meu telefone acabou de tocar e me lembrei de que odeio que pessoas com quem eu não quero falar, me liguem insistentemente. E acabei de decidir que tá na hora de trocar de número. Por enquanto, não atendo mais o telefone.
Fico em pânico quando alguém fica parado perto de mim pensando no que dizer, arrumando um assunto pra conversar. E isso quase sempre acontece nos dias em que não quero conversar. Quando quero companhia eu sei no colo de quem encontrar, mas, se eu disser que não vou ou que não quero é porque eu sei que não vou ser uma boa companhia pra aquele momento ou pra aquela conversa. Antes de magoar alguém e dizerem que sou mal educada, eu saio em silêncio e deixo a dúvida falar. Por sinal, as pessoas andam muito ‘dodói’ ultimamente – não acham? É um tal de me ofendi pra lá, me ofendi pra cá. Será que é o verão superaquecido que anda atuando sobre os ânimos? Sei lá, mas comprei um ar-condicionado pra não viver por aí feito banana em fim de feira!
Não gosto de dar bom dia apertando as mãos, isso é coisa de homem, tem gente que não sabe disso. Não gosto que me toque muito, isso inclui: tapinha nas costas, segurar meu braço, cotoveladas ‘discretas’ que quase descolam meu rim, passar a mão no meu cabelo, cutucadas que ficam roxas no dia seguinte e bom dia apertando as mãos. Não tenho bacilofobia (eu acho), mas tenho um nível considerável de TOC que é bem parecido. Emfim, cada louco com suas manias.
Não gosto de pessoas que falam, falam e falam sem notar que o ouvinte não está nem aí pra o que ela está dizendo, essas pessoas são carentes e necessitam o dobro de atenção e eu tenho preguiça de gente que precisa se reafirmar todos os dias. Se ninguém tá ouvindo é porque sua conversa não tem nada de útil para a sociedade, e assim, fico aliviada porque tem gente aprendendo a descartar assuntos vagos – voltamos ao critério de selecionar assuntos que merecem o atrito dos seus neurônios.
Não gosto de café, e aquela gente que toma café o dia inteiro como pretexto pra fazer uma fofoca. Meus ouvidos e minha paciência lutam pelo fim de tamanha dissimulação.
Não gosto de hipocrisia. Quem gosta? Mas, é sempre bom deixar claro que a pior mentira é aquela que você conta e sustenta para si mesmo. Como qualquer ser humano tenho muitas dúvidas e manias, também sou pessoa em construção, me descobrindo a cada dia. Sou louca e certeira, a minha diferença é que eu consigo colocar as minhas fraquezas no papel. Será que isso me faz, pelo menos um pouquinho, menos egoísta que o resto do mundo? Tomara.
Tenho Deus, intrínseco, presente e inteiro, e isso sim me dá a certeza de que estou no caminho certo, por mais que visto por outros olhos ele seja meio tortuoso, só eu sei por que estou nele. E cada um sabe do seu. Ninguém é igual e as relações desde sempre se sustentam no aceite do outro. Por isso amigo (a), me aceite e seja bem vindo (a). Eu aceito as diferenças existentes entre nós.
Bethania Davies
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