Uma grande oportunidade jornalistica está surgindo para fotógrafos neste momento: Cuba. Sim, o país sempre foi rico fotograficamente, pelo seu povo, arquitetura antiga e carros também antigos. Cores e povo sempre foram um tema fotográfico não só belo, mas também de certa maneira não muito difícil de fotografar. Bandeiras, fotos do ditador em certos lugares e tudo mais faziam do país um local propício e fácil de documentar jornalisticamente. Encontrar símbolos da “revolução” não era algo difícil.
E agora, nada menos que 60 anos depois o movimento muito provavelmente será no caminho contrário. O reatamento das relações diplomáticas entre EUA e Cuba é claro apenas o começo, um aceno de que as coisas podem mudar e muito no futuro, mesmo que o país tente seguir os passos da China, com comunismo mas abertura na economia. Bom, tudo isso é papo pra historiador e interessados em geopolítica. O que interessa mesmo é que nesses momentos é que temos ricas oportunidades para retratar um povo diante dessas mudanças: como se adaptam, se se adaptam, se a cultura é de alguma forma alterada e como o povo reage a tudo que lentamente muda e vai mudando.
Claro, achar fotos que representem tais acontecimentos não é tão fácil, mas qualquer um com um bom olho sabe ver algo que se destacará entre o visual comum que vemos em Cuba.
A oportunidade de documentar estas mudanças é claro uma chance que todo fotojornalista agradece e adora, pois é de certa forma entrar pra história. E não fotografando guerras ou acontecimentos pontuais, mas sim com um olhar próprio, mostrar para o mundo os efeitos das mudanças na vida dos cidadãos. Seja pra melhor ou pra pior. Pois claro, a mudança sempre terá os dois lados, e o bom fotógrafo saberá mostrar ambos.