Sebastião Salgado é sem dúvida um ícone da fotografia nacional. Mais ainda, para ser preciso, é o grande ícone da fotografia no Brasil. Conhecido em todo o mundo (para os apreciadores da Fotografia) é sem dúvida alguma a grande referência da fotografia brasileira. Se você discutir fotografia em qualquer fórum internacional na internet, verá que ele é também considerado por muitos, ainda, o grande (e maior) nome da fotografia documental.
Wim Wenders é o diretor responsável por alguns dos melhores filmes disponíveis para cinemaniacos. Em sua conta podemos colocar “Asas do Desejo”, “Buena Vista Social Club”, “Paris, Texas” entre vários outros (como o criticado “O hotel de um milhão de dólares” que eu particularmente gostei muito). E além de grande diretor de cinema, o alemão é também um fotógrafo.
Ninguém então mais indicado para dirigir um filme documentando a obra de um grande fotógrafo como Sebastião Salgado. Junto com o filho de Salgado, Juliano Ribeiro Salgado, Wim Wenders fez o documentário “Sal da Terra”, mostrando nos mínimos detalhes o trabalho de Salgado mostrando a obra do fotógrafo ao longo de quatro décadas, quando o brasileiro visitou áreas isoladas ao redor do mundo, algumas sem qualquer contato humano, outras com o homem como personagem principal. (como Serra Pelada, por exemplo, ou o drama de refugiados na África)
O filme mostra também a última obra de Sebastião Salgado, Genesis, livro que mostra geograficamente o mundo em cinco capítulos: Planeta do Sul, Santuários, África, Espaços do Norte, Amazônia e Pantanal. A obra é a declaração de amor ao planeta pelo fotógrafo. Mestre em fotografias preto e branco.
O filme entrará em cartaz dia 12 de março no Brasil e está concorrendo ao Oscar de melhor documentário este ano. Já que nunca tivemos um prêmio de destaque e nem concorrentes de qualidade após “Central do Brasil”, vale a torcida pelo filme que é “meio brasileiro”.