
(foto acima de Steve Mccurry)
ISO, velocidade e abertura. Abertura, ISO e velocidade. Velocidade, ISO e abertura.
Uma hora o conceito entra na cabeça, não importa quão difícil era a princípio. O que semanas ou meses antes parecia grego ou física quântica, depois acaba sendo tão fácil quanto andar de bicicleta. O medo inicial do fotógrafo aprendiz se transforma em alívio quando a lógica da fotografia entra de forma definitiva na cabeça da gente.
Tudo fica mais fácil então? Sim. E não. A fase agora é de criar seu estilo próprio, que passa longe de filtros de instagram ou desfocar o fundo. (algo que muitos confundem com ter estilo próprio)
A técnica é aprendida por todos sem exceção. O estilo deve ser desenvolvido ao longo de alguns anos, até que seja identificado pelo seu cliente, seja ele apenas um apreciador, ou seja ele um cliente.
Vamos dar um exemplo: na escola, qualquer escola, se aprende que no corte à altura do busto, o 3X4, é melhor não deixar o retratado de frente pra câmera, pois parece foto de ficha cadastral, documento ou mesmo fichamento policial. Verdade? sim. Até a página dois, claro.
Vejamos um dos maiores fotógrafos de cor da história, responsável pela foto da menina afegã. Steve Mccurry. A foto dela realmente segue essa premissa. Ela está com o ombro à frente. Ok então. Devemos seguir esse modelo de pensamento.
Só que….
Ao olharmos vários outros retratos de Mccurry, vemos o contrário. Vemos retratos bem de frente, em pose desarmada, ombros ao lado da cabeça, como numa foto de documento. Mas…vemos claramente pessoas que mostram a alma através do olhar quando são fotografadas. Esse é o estilo de retratos de Mccurry. Ele conversa com as pessoas. Ele não quer poses, não quer algo falso, ensaiado ou posado. Mas sim, mostrar quem uma pessoa realmente é. ( claro as cores também fazem parte de sua visão de fotógrafo)