Foto: Rafael Ribeiro/ CBF
A eleição para prefeito na cidade de São Paulo mostra algumas características óbvias e constatações que podem ser estendidas para o resto do país. Ou que podem, do resto do país, serem replicadas na cidade de S.Paulo.
O partido do vencedor da eleição em S.Paulo, que ganha pela primeira vez na história no primeiro turno, o PSDB, parece ter renascido como partido forte nas eleições para prefeito nesse ano. Nos 28 municípios, no estado de SP, com mais de 200 mil eleitores, e que podiam ter portanto a disputa indo ao segundo turno, o partido do governador saiu vitorioso em 50% deles.
Ficaram claras nas eleições de São Paulo que os eleitores parecem estar cansados dos políticos, e a imagem de um candidato, na teoria, não associado a política teve não só o apoio do eleitor, mas também o despejo do “voto útil” de eleitores que viram o crescimento de outros na reta final e não os queriam no comando da cidade.
Se a estratégia do “não político” de João Dória daria certo em outros lugares não é possível saber, mas as chances são grandes.
Mais uma constatação é que a aposta quase solitária de Geraldo Alckmin, contra José Serra, Aécio Neves e outros foi vencedora e ele sai fortalecido para tentar sair candidato à presidência em 2018.
E por último é óbvio e claro é que os ex presidentes Lula e Dilma estão com o poder de fogo nulo no momento. Seus apoios declarados significaram absolutamente nada para seus candidatos, casos com clareza mostrados em S.Paulo que teve Lula no palanque com Haddad, e também RJ, SBC e Porto Alegre. É possível não só afirmar isso, como é possível dizer que o apoio pode até ter tirado votos de eleitores que não queriam seus candidatos associados com os dois.
O único eleito pelo PT no momento numa capital, foi o ACRE. E o PT saiu o grande perdedor das eleições.