Depois de um certo relutar, finalmente aceitamos ir assistir “Sing – Quem canta seus males espanta”. O resultado? Uma surpresa muito feliz, já que o filme não encanta somente as crianças.

A história é de Buster Moon (Matthew Mcconaughey/Marcelo Garcia), um coala falido dono de um teatro que promoverá um concurso para tentar voltar aos tempos de sucesso de seu estabelecimento. As coisas começam erradas quando sua secretária erra de 1000 dólares para 100.000 mil dólares o valor do prêmio. Valor, claro, que ele não tem.

A fila de inscritos no dia seguinte é gigantesca e dali saem os protagonistas do filme. Johnny (Taron Egerton/Fiuk), um gorila vindo de uma família criminosa, Rosita (Reese Witherspoon/Mariana Ximenes) e Gunther (Nick Kroll/Marcelo Serrado), dois porcos, sendo uma mãe de 25 porquinhos que pouca atenção recebe do marido e um dançarino espalhafatoso, Meena (Tori Kelly/Sandy), uma elefante extremamente tímida que tem o apoio de sua família, Ash (Scarlett Johansson/ Wanessa Camargo) uma porco-espinho adolescente e roqueira que fazia dupla com o namorado e por fim, Mike (Seth MacFarlane/Claudio Galvan) um rato trambiqueiro e arrogante são os escolhidos para concorrer ao prêmio.

Cada um tem a sua história e a sua motivação para cantar. Histórias de superação, de motivação e um pouco de malandragem dão ao filme um caminho muito divertido e com reviravoltas.

Como todo filme de criança, tem momentos de comédia óbvia e engraçada para o público alvo e há também momentos de diversão para os adultos. Mas o que realmente deixa o filme ótimo para os adultos, e até mais do que para as crianças, é a infinidade de hits musicais que vem nas vozes dos atores principais. Seth MacFarlane que faz o ratinho é surpreendente, para quem nunca o viu cantar. Reese Witherspoon tem voz invejável na pele da porquinha Rosita e a cantora Tori Kelly também detona na pele da elefanta Meena.

A trilha sonora vai de Queen à Katy Perry. Passando pelos clássicos My Way de Frank Sinatra, Hallelujah, canção de Leonard Cohen e até Garota de Ipanema, de Tom e Vinícius. O filme é uma verdadeira viagem pelo mundo da música. É impossível ficar imune a tantas músicas que atravessaram o tempo e ainda estão conosco como referências de qualidade que não saem da nossa cabeça recriando épocas e ainda criando novas sensações.