Gustavo, garoto de 13 anos, morreu enforcado após perder uma aposta no League of Legends. O menino se enforcou para participar do Choking Game, jogo no qual a intenção é interromper o fluxo de ar para induzir desmaios, tontura ou estado de euforia.
O LOL foi a ferramente usada para chegar no Choking Game. Podia ser com qualquer outro jogo, virtual ou não. Então descartemos o League of Legends, como culpado, de uma vez por todas.
A sociedade – especialmente a parcela mais jovem – adora desafios. Os games com os melhores desafios para os usuários, geralmente, são os mais aceitos.
Existem desafios e desafios, mas a maioria dos adolescentes ainda não entendem que a vida é uma só e que para morrer basta estar vivo. Eles vivem tudo intensamente. Se jogam, se entregam…
O medo de perder o lugar no grupo de amigos é responsável pelo empuxo necessário para os desafios “fatais”. É o ato desmedido. Os adolescentes incentivam o ato desmedido dos outros. Parece que isso fortalece o grupo.
Gustavo não cometeu suicídio – fico feliz de todas as matérias e reportagens deixarem isso bem claro. Faltou ao menino e aos colegas a referência de que muitas pessoas morreram com uma corda em volta do pescoço. Quando o corpo perde a consciência, a inércia faz a cabeça ir em direção ao chão e a corda se estica ainda mais.
O propósito do Choking Game, por mais controverso que seja, é para trazer diversão. A morte de Gustavo pode ser o triste exemplo para que este desafio não venha a ser repetido. Quer diversão? Jogue League of Legends, por exemplo.
PARA OS FAMILIARES:
Lesões no pescoço, olhos avermelhados e com sangue acumulado, fortes dores de cabeça e alteração de comportamento são fatores comuns entre os que praticam o jogo da asfixia, o Choking Game.