- Você também vai gostar
-
- Slim ou Skinny 6 recomendam1 min
- 10 erros comuns por fotógrafos
5 recomendam4 min- ISO, Velocidade e Diafragma
5 recomendam3 min- Qual a pressa para fotografar?
4 recomendam3 min- Tem gente que é Gênio (2)
4 recomendam2 min- Banda da semana …
4 recomendam1 min- Cubo Mágico, 1974-2014= 40 anos
4 recomendam3 min- A vida é simples. Para que complicar?
4 recomendam2 min- FOTO
4 recomendam2 min- World Press Photo
4 recomendam3 min- Instagram…É legal, mas para poucos
4 recomendam2 min- Postergrafix
4 recomendam1 min- Se beber, pinte
3 recomendam3 min- Child’s Own Studio – custom making soft toys with children
3 recomendam1 min- FOTOSHOP!
3 recomendam1 min- PosterGrafix
3 recomendam1 min- POSTERGRAFIX
3 recomendam1 min- Carnaval
3 recomendam2 min- FX
3 recomendam1 min- POSTERGRAFIX
3 recomendam1 min13 de julho de 2014 5 minutos de leituraInauguraçãoFui e vivi, agora estou voltandoAlgumas vezes na minha vida eu tive a sensação muito forte de ser a pessoa mais alheia e desconectada dentro dos meus círculos sociais. Isso porque eu nunca passei pelas experiências que meus amigos e conhecidos passavam no momento “certo”. Por exemplo, eu fui a última das minhas amigas a dar o primeiro beijo. Em compensação, fui a primeira a ter um namoro sério, o que também me fez sentir bem deslocada no mundo durante alguns meses – ou anos. Uma coisa que eu sempre estranhei, e pela qual achava que era o ser mais sortudo do universo, foi que eu não tive em momento nenhum da minha adolescência uma dúvida sequer sobre a carreira profissional que eu queria seguir. Eu sou apaixonada por geologia desde a quinta série e, quando descobri que aquilo era um emprego de verdade, não me imaginei mais fazendo outra coisa. Então, enquanto todos meus amigos reclamavam que não sabiam o que prestar no vestibular, eu estava toda sorridente, assistindo documentários da Discovery sobre vulcões e imaginando o dia em que seria eu ali, chegando perto da lava com aquela roupa esquisita de astronauta. Esse padrão se repetiu na faculdade, eu vi vários colegas desistindo do curso porque haviam descoberto que na verdade não gostavam daquilo, enquanto eu continuava ali, firme e forte, sonhando com vulcõezinhos. Aí eu me formei, comecei a trabalhar e, PÁ! Veio a vida, essa brincalhona, e me deu uns tapas bem doídos na cara e uma gorda e atrasada crise existencial de presente.
Não vou falar que tive uma epifania e descobri que não gosto de geologia, porque simplesmente não é verdade. Eu ainda sou tão apaixonada por essa ciência quanto era na quinta série. PORÉM, eu descobri que não passa disso, é só uma paixão.
“Mas, Mônica, você está trabalhando num lugar meio ruim, é normal sentir esse desânimo.”
É… Mas não é. O meu ambiente de trabalho não é dos melhores e isso, de fato, contribui pra eu querer arrancar os cabelos e sair dando marteladas em cabeças alheias toda hora. Mas eu venho sofrendo com esse desgosto há meses e posso falar já com certa confiança que não é só esse o problema. Até porque eu me sinto mal até quando as coisas estão bem no escritório, e isso é uma coisa que me assusta bastante.
“Mas, Mônica, você está trabalhando com um ramo da geologia que nunca te agradou, deve ser por isso que está desanimada.”
Estão preparados? Ano passado mesmo eu estava correndo atrás de mestrado e dos meus vulcõezinhos, mas no começo desse ano eu parei, olhei pra mim mesma e perguntei se era realmente isso que eu queria. A resposta foi não, e a partir daí a porra toda começou a ficar bem assustadora.
Chorei, me descabelei, bati nas paredes e arranquei os cabelos, até que lembrei que existe uma coisa que eu amo fazer mais do que assistir séries, ler livros e ver vídeos no YouTube: escrever. E junto vieram várias outras memórias boas e quentinhas. Lembrei que tive um blog (dois, três, vários), que escrevia demais nele, que conheci uma das minhas melhores amigas até hoje por causa dele. Lembrei das fanfics e de todas as pessoas fantásticas que eu conheci por causa delas (que, como um sinal divino, estou reencontrando no Twitter!). E lembrei do quanto eu deixei esse meu amor de lado por causa da faculdade e dos compromissos da vida.
Cara, eu saí do fandom de HP por causa da falta de tempo, saí de bater cartão e não abrir o caderninho de fics nunca mais, saí de verdade. Claro que eu voltava de vez em quando pra dar uma olhada, mas escrever de novo? Nunca mais. No meio do caminho, em 2010 talvez, me deu uma crise de cinco minutos e eu escrevi um conto, depois de muito tempo sem escrever bolinhas. Eu tenho um carinho todo especial por ele, porque foi o primeiro que eu consegui terminar e que me agradou de verdade. Mas sosseguei os dedinhos de novo depois disso, até agora!
No começo desse ano, surgiu uma idéia tão fixa na minha cabeça, que eu não conseguia comer, tomar banho, respirar ou pegar os vários ônibus até o trabalho sem pensar naquilo. Como eu estava estou numa fase de paixonite adolescente louca pelo 30 Seconds to Mars (pelo Shannon, vamos admitir), uma coisa acabou levando à outra, eu fui aproveitando as idéias e, finalmente, resolvi vomitar uma fanfic sobre o Shannon. E prometi pra mim mesma que iria postar os capítulos do jeito que eles saíssem, sem muita edição, sem muito overthinking, justamente para me forçar a escrever mais e confiar mais na minha escrita. Foi a melhor coisa que eu podia ter feito para mim mesma.
Escrever Alibi se tornou o foco principal da minha vida nesse momento, eu fico constantemente pensando, organizando as idéias e tendo faniquitos insanos com a Tia, cúmplice do coração. Mesmo quando estou no meu day job, uma parte da minha cabeça está trabalhando no próximo capítulo. Essa prática toda durante os últimos meses só me deixa com mais e mais vontade de escrever, escrever e escrever. Sinceramente, é só isso que eu quero fazer da minha vida. Menção honrosa aqui também vale pra Stefs Lima (dona do http://www.hey-randomgirl.com.br/), que abriu meus olhos no momento certo e me inspira DE-MAIS com os posts dela.
A vontade de escrever está tão grande, que eu pensei bastante e decidi que está na hora de eu voltar a ter um blog, agora pra valer! Preciso deixar de ser old school, me conformar com certas coisas e me adaptar a formatos novos, então aqui estou eu, estufando o peito e aceitando o desafio. Não vou – ainda – chutar o balde e sair sambando do escritório, porque infelizmente eu preciso do dinheiro e não sou capaz – ainda – de viver de amor, mas estou sim pensando em alternativas para viver mais feliz e não entrar em depressão. Então meu espacinho nessa internet (re)começa aqui e vai crescer firme, forte e independente de onde eu estiver trabalhando. É uma promessa que eu estou fazendo para mim e para todas as pessoas que possam estar lendo isso agora. Sintam-se à vontade para me cobrar.
Comentários (1)- tiamilla 2014/07/18
Você é minha guerreirinha, Bô!! Você pode ser o que quiser e que ninguém diga o contrário! Se falarem, vc me conta que eu vou lá prestar uma visitinha! XDDD Tcheamo!! E obrigada! Por tudo! Sempre!
- 10 erros comuns por fotógrafos
- Slim ou Skinny