Quando Bruno saiu da cadeia a revolta foi grande nas redes sociais. A decisão do STF foi correta, já que a lei no Brasil tem falhas e a morosidade aqui tem níveis que faz as tartarugas se sentirem verdadeiras velocistas.
À parte disso, o caminho óbvio de Bruno seria ir trabalhar em algum lugar pra tentar retomar sua vida. Pro cidadão comum, esperasse que o caminho seja árduo. Que batalhe e consiga algo que pague um salário mínimo. O que até pra cidadãos com ficha limpa está difícil diante da recessão.
Um empregador além de tudo precisa confiar num ex presidiário. Que ele tenha mudado e não cometa mais crimes.
Mas Bruno é ex goleiro. Mundo do futebol, que habilidades são requisitadas e interesses muitas vezes escusos são realizados. Resultado, um time da segunda divisão de Minas resolve chamar ele. Qual o interesse nisso? Impossível saber ao certo.
Mas podemos tentar adivinhar.
Se não existir nenhuma maracutaia por trás, como por exemplo amigos cúmplices da época de crime, a opção óbvia é apenas uma. Querer notoriedade.
E o tal time conseguiu.
Como quem do anonimato total nas páginas futebolísticas saiu. Direto para as páginas policiais.
A falta de visão e ignorância de gestão faz o tal time parecer gerido por gente que nunca teve a noção básica de marketing.
Quem em sã consciência quer associar sua marca a um assassino confesso? Com requintes de crueldade e indefensáveis?
Resultado: O time perdeu 4 patrocinadores. E a notoriedade hoje vem pela raiva de pessoas que nunca tinham ouvido falar no time.
Burrice tem limites. O limite costuma ser quando o ser humano começa a rasgar dinheiro. Mas parece que o tal time, que aqui não tem espaço pra divulgação do seu nome, parece se de algum sheik que quer rasgar o máximo de dinheiro que conseguir.
Por outra vertente, é possível que a intenção dos dirigentes fosse tornar o time famoso por ser odiado. Conseguiu. Mas quem vai contratar depois do goleiro se aposentar?